Folha de Manica

REPETIR UMA MENTIRA NÃO A TORNA VERDADE


De Roberto Tibana

As afirmações do Daniel Chapo no encerramento da reunião do comité central da Frelimo neste fim de semana estão cheias de inverdades graves. 

Delas devia ter vergonha tanto ele como aqueles que lhe ovacionaram por elas.

As manifestações pós-eleitorais aconteceram em protesto contra a fraude eleitoral perpetrada pela Frelimo. Os protestos não tinham nada a ver com a supressão da Frelimo. 

Eles tinham a ver com a recusa da imposição do poder da Frelimo pela fraude eleitoral e pela força das armas. E a violência foi iniciada pelas forças de defesa e segurança que saíram a reprimir esses protestes usando força letal, matando indiscriminadamente primeiro, e seguindo depois com matanças selectivas. 

Até a destruição de propriedade privada e a pilhagem foi protagonizada pelas forças de defesa e segurança, nuns casos como puro vandalismo destes, e noutros como formas deliberadas das próprias forças de segurança de instigar a população explorando as vulnerabilidades desta a cometer desmandos para serem imputados aos opositores políticos e assim desacreditar a causa justa.

Sabemos que não querem paz e a harmonia social. A Frelimo vive bem quando tem inimigos. Se não os tem cria-os. É a maneira de se manterem no poder. 

É a maneira de manterem os privilégios e continuarem a pilhagem que empobrece a sociedade. A Frelimo é também campeã em virar os moçambicanos uns contra os outros. 

Em vez de lhes dar escola e emprego, arma jovens mal instruídos e põe-lhes a matar os seus irmãos.

Mas esse nível de arrogância, crueldade e desonestidade exibido pelo Daniel Chapo e correligionários naquela organização é outro. 

Septuagenários e octogenários metidos nessa trafulhice é outra vergonha. Não querem curar a sociedade. Estão a abrir e a esfregar sal nas feridas que infligiram à sociedade.

Nunca esperamos que a Frelimo viesse a público reconhecer isso. Mas vir a público insultar-nos com essas mentiras é totalmente inaceitável. Gente adulta deve ensinar os mais novos a pautarem pela verdade.

A maneira como aquela organização consegue arregimentar gente aparentemente mentalmente sã para missão tão destrutiva das esperanças de um povo deveria ser objecto de estudo muito sério.

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