
Apesar de avanços, zonas rurais moçambicanas estão longe de garantir água potável com regularidade e qualidade.
A cobertura nacional de água potável em Moçambique atinge os 85%, mas as zonas rurais permanecem marcadas pela exclusão.
O alerta foi lançado pela Direcção Nacional de Abastecimento de Água durante uma auscultação pública realizada em Nampula.
Tereza António Muiguel, chefe do departamento, afirmou que o país enfrenta agora o desafio de ir além da cobertura mínima.
“O tempo das bombas manuais ficou para trás. As comunidades querem água canalizada com qualidade, e isso exige mais do Estado”, afirmou.
A nova Lei do Serviço Público de Abastecimento de Água e Saneamento, ainda em fase de regulamentação, visa criar soluções mais inclusivas e eficientes, com participação activa das comunidades e do sector privado.
O Governador de Nampula, Eduardo Abdula, classificou o encontro como transformador e reforçou que o acesso à água é um direito que deve ser garantido com justiça social.
“Queremos um serviço que chegue aos que mais precisam, com dignidade e sustentabilidade”, declarou.