Actualizado
Parado ontem no aeroporto quando eram ai por volta das 13h e alguma coisa não ouvia o som da maquineta a girar o plástico cobrindo bagagens ou via o aglomerado de sempre de pessoas que tudo fazem para evitar que uma possível “ mão leve’ se faca carga ou bagagem adentro!
Enquanto isso uma voz vinda do lado do Portador Diário fazia -se ouvir. “ Epha. Só terça-feira minha carga poderá chegar a Maputo. Só na terça-feira haverá voos”. O senhor que antes entrou todo a apressado para despachar a carga , afinal tratava-se de um documentos a serem enviados a uma certa embaixada com uma bolsa de estudos já anunciada, tudo ficou entregue a Deus dará! Facto ‘e que o voo de ontem foi cancelado. Contudo, a nossa reportagem foi na tarde de hoje por volta das 13h horas dar uma espreitadela no aeroporto de Pemba para ver que se algum passarinho iria aterrar vindo de Maputo. Aterrou o Cem flight ‘ emprestado da casa do vizinho -SA. Não sabemos do amanhã
Lembrara-me de uma carta denuncia feita conta a as linhas aéreas de Moçambique( LAM) não apenas sobre a crise de voos mas também sobre o tratamento anti profissional onde um grupo de passageiros repudia o tratamento dado aos passageiros
“tudo começou quando o grupo que tinha passagens marcadas para o dia 6 de Abril de 2025 com destino a Maputo. No Sábado, dia 5, recebemos uma mensagem da companhia informando o adiamento do voo para o dia 8 de Abril, sem qualquer apoio ou responsabilização pelos custos de hospedagem e alimentação durante este período.” e “já no dia 8, comparecemos ao aeroporto, fizemos o check-in e, sem qualquer explicação, fomos deixados à espera até por volta das 15h, quando finalmente ofereceram o almoço. Ficamos retidos no aeroporto até às 19h, altura em que nos encaminharam para alojamento e comunicaram um novo adiamento do voo para o dia 10 de Abril (Quinta-feira).”
“O grupo conta que “no dia 9 de Abril, recebemos uma nova mensagem alterando o horário de partida das 11h30 para 19h30, com chegada prevista a Maputo às 00h10. Posteriormente, esse horário foi alterado para partida às 21h05, chegando às 01h40, e depois novamente para partida às 22h05, com chegada às 02h40”.
E mais questionam a desinformação da LAM “por que razão a LAM não comunica a verdade aos seus passageiros? Muitos de nós temos empregos e compromissos no sector privado, incluindo reuniões e contractos que estão em risco. Quem vai assumir os danos causados?”
Como se já não bastasse o bilhete pago, os passageiros foram mais uma vez bombardeados com a questão das dividas da LAM. “Tivemos informação de que a LAM está com dívidas à companhia sul-africana responsável pelos aviões usados na rota, e que esta decidiu retirar os seus aviões. Fomos informados, ainda, que a LAM possui atualmente 2 aviões próprios a operar por todas as rotas. Dada a escassez de voos na rota Lichinga-Maputo, caso haja novo adiamento, só poderemos viajar no Domingo”, versa a carta dos denunciantes
Ainda esta semana o jornal Carta de Moçambique escrevia sobre o nebuloso contracto celebrado com a FMA (Fly Modern Ark) que com FMA não previa responsabilização e…due delligence do Governo ignorou a rejeição do “consultor” no Zimbabwe facto revelado pelo Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, esta semana “não previa mecanismos de responsabilização específicos”, pelo que, o Governo de Daniel Chapo não dispõe de ferramentas para responsabilizar aquela empresa pelas perdas registadas durante a sua passagem.
De acordo com os dados divulgados pelo governante, durante a Sessão de Informações do Governo aos deputados, na Assembleia da República, no período de intervenção da FMA, a LAM reintroduziu os voos Maputo/Harare/Lusaka e Maputo/Joanesburgo/Vilankulo/Inhambane, e estabeleceu a ligação Beira/Joanesburgo/Beira. “Procedeu-se também à aquisição de uma aeronave cargueira, práticas que, apesar de visarem o crescimento e diversificação, impactaram negativamente a performance operacional da companhia”.
Como consequência financeira, em 2023, a chamada companhia de bandeira, a monopolista da aviação comercial em Moçambique, registou um prejuízo de 3.977.602.284 Meticais (USD 62,15 milhões); e, em 2024, de 2.281.329.466 Meticais (USD 35,65 milhões).
A entrada da FMA, na LAM, foi anunciada em Abril de 2023, pelo ex-Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, actual Conselheiro do Presidente da República. A escolha foi severamente criticada pela sociedade civil, que questionou as circunstâncias em que a empresa foi identificada, visto que a mesma não tinha experiência de revitalização de companhias aéreas em seu curriculum.
Aliás, uma análise do Centro de Integridade Pública, divulgada naquele mês, considerava a FMA uma empresa “caça acções em companhias aéreas estatais”, visto que havia tentado “caçar” a sua participação na estrutura accionista da Air Zimbabwe, em 2017, e da South Africa Airways.
Matlombe afirma que houve “uma pesquisa exaustiva” até à identificação da FMA e que houve o devido processo de “due diligence” (investigação e análise de informações sobre uma empresa ou negócio), porém, que não conseguiu apurar que a empresa havia sido rejeitada no Zimbabwe.
“Durante o processo de ‘due diligence’ realizado pelo Grupo de Aviação (GA), não foi identificada qualquer informação ou notificação oficial indicando que a Fly Modern Ark teria sido expulsa do Zimbabwe ou de qualquer outro mercado. As alegações surgiram apenas após a assinatura do contrato, através da imprensa e redes sociais”, afirmou Matlombe.
No entanto, apesar deste cenário, o Ministro dos Transportes e Logística nega que a FMA seja a única responsável pela situação calamitosa em que se encontra a LAM. “As perdas registadas pela LAM são o reflexo de muitos anos de dificuldades acumuladas, não se podendo, de forma isolada, imputar os resultados negativos apenas à gestão da Fly Modern Ark”, disse, sublinhando que, em 2021, a LAM registou prejuízos de 1.415.381.049 Meticais (equivalente a USD 22,11 milhões); e, em 2022, as perdas foram de 448.630.328 Meticais (USD 7 milhões).
Aliás, afirma que um estudo da Intellica, de 2019, revelou que o custo unitário de aluguer da LAM era de 2,7 cêntimos de dólar por assento disponível por quilómetro (ASK), enquanto a média de outras companhias rondava apenas 0,5 cêntimos de dólar.
Para o governante, o sucesso do plano de reestruturação da LAM depende do compromisso de todos e não apenas do Governo. “É fundamental que todos os que utilizam os serviços da nossa companhia honrem o pagamento das suas passagens. A prática recorrente de viagens sem a devida compensação financeira enfraquece a sustentabilidade da LAM e compromete os esforços de reestruturação em curso. Não podemos esperar resultados diferentes, mantendo práticas do passado. Não existem milagres: a recuperação da nossa companhia de bandeira depende do compromisso e da responsabilidade colectiva”, defendeu João Matlombe, mas sem revelar as entidades que viajam de borla nos aviões alugados da LAM.
Sabe-se, no entanto, que os maiores beneficiários de viagens grátis são o partido Frelimo e a Liga Moçambicana de Futebol (LMF), que transportam as suas caravanas sem pagar um tostão. A LMF transporta, de forma grátis, as equipas do Moçambola, enquanto a Frelimo transporta dos seus membros para as suas diversas actividades políticas privadas.
Matlombe afirma que os estudos realizados pelo Governo (nunca publicados) demonstram que, com investimentos adequados e uma reestruturação firme, “a LAM poderá alcançar estabilidade operacional e financeira num prazo de três anos”. Afirma que o Executivo avaliou três opções para a viabilização da LAM, nomeadamente, a privatização, parceria com um investidor privado estratégico, e manutenção da LAM sob controlo público, envolvendo empresas fortes do sector empresarial do Estado.
“A análise técnica recomendou a terceira opção. Assim, empresas como a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), os Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) e a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) foram convidadas a integrar o capital social da LAM”, disse.
Refira-se que as três empresas vão comprar 91% das ações da LAM por 130 milhões de Dólares, com vista a reestruturar a companhia aérea e sanar a crise financeira que a afeta. ( Moz24h/CartaMoz)
http://dlvr.it/TK6RQt
Parado ontem no aeroporto quando eram ai por volta das 13h e alguma coisa não ouvia o som da maquineta a girar o plástico cobrindo bagagens ou via o aglomerado de sempre de pessoas que tudo fazem para evitar que uma possível “ mão leve’ se faca carga ou bagagem adentro!
Enquanto isso uma voz vinda do lado do Portador Diário fazia -se ouvir. “ Epha. Só terça-feira minha carga poderá chegar a Maputo. Só na terça-feira haverá voos”. O senhor que antes entrou todo a apressado para despachar a carga , afinal tratava-se de um documentos a serem enviados a uma certa embaixada com uma bolsa de estudos já anunciada, tudo ficou entregue a Deus dará! Facto ‘e que o voo de ontem foi cancelado. Contudo, a nossa reportagem foi na tarde de hoje por volta das 13h horas dar uma espreitadela no aeroporto de Pemba para ver que se algum passarinho iria aterrar vindo de Maputo. Aterrou o Cem flight ‘ emprestado da casa do vizinho -SA. Não sabemos do amanhã
Lembrara-me de uma carta denuncia feita conta a as linhas aéreas de Moçambique( LAM) não apenas sobre a crise de voos mas também sobre o tratamento anti profissional onde um grupo de passageiros repudia o tratamento dado aos passageiros
“tudo começou quando o grupo que tinha passagens marcadas para o dia 6 de Abril de 2025 com destino a Maputo. No Sábado, dia 5, recebemos uma mensagem da companhia informando o adiamento do voo para o dia 8 de Abril, sem qualquer apoio ou responsabilização pelos custos de hospedagem e alimentação durante este período.” e “já no dia 8, comparecemos ao aeroporto, fizemos o check-in e, sem qualquer explicação, fomos deixados à espera até por volta das 15h, quando finalmente ofereceram o almoço. Ficamos retidos no aeroporto até às 19h, altura em que nos encaminharam para alojamento e comunicaram um novo adiamento do voo para o dia 10 de Abril (Quinta-feira).”
“O grupo conta que “no dia 9 de Abril, recebemos uma nova mensagem alterando o horário de partida das 11h30 para 19h30, com chegada prevista a Maputo às 00h10. Posteriormente, esse horário foi alterado para partida às 21h05, chegando às 01h40, e depois novamente para partida às 22h05, com chegada às 02h40”.
E mais questionam a desinformação da LAM “por que razão a LAM não comunica a verdade aos seus passageiros? Muitos de nós temos empregos e compromissos no sector privado, incluindo reuniões e contractos que estão em risco. Quem vai assumir os danos causados?”
Como se já não bastasse o bilhete pago, os passageiros foram mais uma vez bombardeados com a questão das dividas da LAM. “Tivemos informação de que a LAM está com dívidas à companhia sul-africana responsável pelos aviões usados na rota, e que esta decidiu retirar os seus aviões. Fomos informados, ainda, que a LAM possui atualmente 2 aviões próprios a operar por todas as rotas. Dada a escassez de voos na rota Lichinga-Maputo, caso haja novo adiamento, só poderemos viajar no Domingo”, versa a carta dos denunciantes
Ainda esta semana o jornal Carta de Moçambique escrevia sobre o nebuloso contracto celebrado com a FMA (Fly Modern Ark) que com FMA não previa responsabilização e…due delligence do Governo ignorou a rejeição do “consultor” no Zimbabwe facto revelado pelo Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, esta semana “não previa mecanismos de responsabilização específicos”, pelo que, o Governo de Daniel Chapo não dispõe de ferramentas para responsabilizar aquela empresa pelas perdas registadas durante a sua passagem.
De acordo com os dados divulgados pelo governante, durante a Sessão de Informações do Governo aos deputados, na Assembleia da República, no período de intervenção da FMA, a LAM reintroduziu os voos Maputo/Harare/Lusaka e Maputo/Joanesburgo/Vilankulo/Inhambane, e estabeleceu a ligação Beira/Joanesburgo/Beira. “Procedeu-se também à aquisição de uma aeronave cargueira, práticas que, apesar de visarem o crescimento e diversificação, impactaram negativamente a performance operacional da companhia”.
Como consequência financeira, em 2023, a chamada companhia de bandeira, a monopolista da aviação comercial em Moçambique, registou um prejuízo de 3.977.602.284 Meticais (USD 62,15 milhões); e, em 2024, de 2.281.329.466 Meticais (USD 35,65 milhões).
A entrada da FMA, na LAM, foi anunciada em Abril de 2023, pelo ex-Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, actual Conselheiro do Presidente da República. A escolha foi severamente criticada pela sociedade civil, que questionou as circunstâncias em que a empresa foi identificada, visto que a mesma não tinha experiência de revitalização de companhias aéreas em seu curriculum.
Aliás, uma análise do Centro de Integridade Pública, divulgada naquele mês, considerava a FMA uma empresa “caça acções em companhias aéreas estatais”, visto que havia tentado “caçar” a sua participação na estrutura accionista da Air Zimbabwe, em 2017, e da South Africa Airways.
Matlombe afirma que houve “uma pesquisa exaustiva” até à identificação da FMA e que houve o devido processo de “due diligence” (investigação e análise de informações sobre uma empresa ou negócio), porém, que não conseguiu apurar que a empresa havia sido rejeitada no Zimbabwe.
“Durante o processo de ‘due diligence’ realizado pelo Grupo de Aviação (GA), não foi identificada qualquer informação ou notificação oficial indicando que a Fly Modern Ark teria sido expulsa do Zimbabwe ou de qualquer outro mercado. As alegações surgiram apenas após a assinatura do contrato, através da imprensa e redes sociais”, afirmou Matlombe.
No entanto, apesar deste cenário, o Ministro dos Transportes e Logística nega que a FMA seja a única responsável pela situação calamitosa em que se encontra a LAM. “As perdas registadas pela LAM são o reflexo de muitos anos de dificuldades acumuladas, não se podendo, de forma isolada, imputar os resultados negativos apenas à gestão da Fly Modern Ark”, disse, sublinhando que, em 2021, a LAM registou prejuízos de 1.415.381.049 Meticais (equivalente a USD 22,11 milhões); e, em 2022, as perdas foram de 448.630.328 Meticais (USD 7 milhões).
Aliás, afirma que um estudo da Intellica, de 2019, revelou que o custo unitário de aluguer da LAM era de 2,7 cêntimos de dólar por assento disponível por quilómetro (ASK), enquanto a média de outras companhias rondava apenas 0,5 cêntimos de dólar.
Para o governante, o sucesso do plano de reestruturação da LAM depende do compromisso de todos e não apenas do Governo. “É fundamental que todos os que utilizam os serviços da nossa companhia honrem o pagamento das suas passagens. A prática recorrente de viagens sem a devida compensação financeira enfraquece a sustentabilidade da LAM e compromete os esforços de reestruturação em curso. Não podemos esperar resultados diferentes, mantendo práticas do passado. Não existem milagres: a recuperação da nossa companhia de bandeira depende do compromisso e da responsabilidade colectiva”, defendeu João Matlombe, mas sem revelar as entidades que viajam de borla nos aviões alugados da LAM.
Sabe-se, no entanto, que os maiores beneficiários de viagens grátis são o partido Frelimo e a Liga Moçambicana de Futebol (LMF), que transportam as suas caravanas sem pagar um tostão. A LMF transporta, de forma grátis, as equipas do Moçambola, enquanto a Frelimo transporta dos seus membros para as suas diversas actividades políticas privadas.
Matlombe afirma que os estudos realizados pelo Governo (nunca publicados) demonstram que, com investimentos adequados e uma reestruturação firme, “a LAM poderá alcançar estabilidade operacional e financeira num prazo de três anos”. Afirma que o Executivo avaliou três opções para a viabilização da LAM, nomeadamente, a privatização, parceria com um investidor privado estratégico, e manutenção da LAM sob controlo público, envolvendo empresas fortes do sector empresarial do Estado.
“A análise técnica recomendou a terceira opção. Assim, empresas como a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), os Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) e a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) foram convidadas a integrar o capital social da LAM”, disse.
Refira-se que as três empresas vão comprar 91% das ações da LAM por 130 milhões de Dólares, com vista a reestruturar a companhia aérea e sanar a crise financeira que a afeta. ( Moz24h/CartaMoz)
http://dlvr.it/TK6RQt