De acordo com relatos de moradores, os protestos começaram pacificamente em Topuito, mas rapidamente tomaram proporções alarmantes. Por volta das 10h da manhã de segunda-feira, manifestantes cercaram a residência do administrador do distrito, exigindo explicações sobre o surto de cólera que tem afectado a região com registo de mortes.
A situação tornou mais tensa, por volta das 12h, quando a polícia foi chamada para dispersar os manifestantes, que estavam se aproximando do administrador.
Expulsos pelos agentes da PRM [Polícia da República de Moçambique], os protestos não cessaram. Os manifestantes passaram a focar seus ataques nos secretários de bairros, acusados de estarem envolvidos no suposto esquema de propagação da cólera.
“Em Larde, um dos secretários foi morto pela população por conta dessa situação, ainda nesta semana. Tanto que ontem à noite havia um tumulto na escola primária de Topuito, e um carro de uma empresa que passava por lá foi quase queimado. Na mesma noite, a Secretaria de Topuito foi incendiada pelos manifestantes. Essa situação está se tornando muito preocupante”, disse um morador.
O administrador de Larde, Felisberto Momade Aly, disse que não podiam ainda comentar, mas confirmou que havia agitação devido a uma manifestação popular.
Contactada a porta-voz da PRM, Rosa Nilza Chaúque, esta disse que iria explorar mais informações para depois dar depoimentos ao nosso jornal. (Ruth Lemax)
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