Folha de Manica

ONG africanas querem consenso na Guiné-Bissau

Organizações da África Ocidental pedem intervenção internacional para consensuar calendário eleitoral na Guiné-Bissau

Organizações da África Ocidental pedem intervenção internacional para consensual calendário eleitoral na Guiné-Bissau

Organizações da sociedade civil da África Ocidental exigem uma ação mais firme da comunidade internacional, incluindo a ONU, União Africana, União Europeia, CPLP e CEDEAO, na busca por um consenso sobre o calendário eleitoral na Guiné-Bissau. 

A solicitação foi feita em uma carta aberta divulgada nesta quinta-feira, assinada por 36 entidades de diversos países da região, como Guiné-Bissau, Cabo Verde, Senegal, Gâmbia, Guiné-Conacri, Togo, Costa do Marfim e Gana.

As organizações criticam a deterioração das condições de vida na Guiné-Bissau e denunciam a falta de "medidas adequadas" por parte da CEDEAO e da comunidade internacional para obrigar o Presidente Umaro Sissoco Embaló a cumprir suas obrigações internacionais. 

Na carta, pedem a criação de uma missão conjunta de facilitação do diálogo, envolvendo as principais entidades internacionais, para ajudar a estabelecer um calendário eleitoral consensual conforme a Constituição do país.

A CEDEAO já iniciou, desde o último domingo, uma missão de "alto nível político" em Bissau, chefiada pelo ex-ministro da Nigéria, Bagudu Hirse. 

A missão visa mediar o diálogo entre os diferentes atores políticos, incluindo o Presidente Embaló e representantes da sociedade civil.

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No entanto, o Presidente guineense, que afirma que seu mandato se estende até 4 de setembro de 2025, defende a realização de eleições simultâneas em 30 de novembro deste ano, uma data rejeitada pela oposição, que exige um consenso prévio sobre a nomeação de novos juízes para o Supremo Tribunal de Justiça e outros ajustes nas instituições eleitorais do país.

A Guiné-Bissau vive uma crise política desde a dissolução do parlamento em dezembro de 2023, que resultou na não realização das eleições legislativas previstas pela Constituição. 

A oposição também critica o Presidente Embaló pela não realização das eleições presidenciais em 2024, o que, segundo eles, geraria uma vacância no cargo a partir de agora. Continua LER mais Conteúdos...[AQUI]

Fonte: Rádio Moçambique

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