Nampula (IKWELI) – Mais de cem mil hectares (100.000ha) de machambas foram afectadas em Nampula, na presente campanha agrícola, com a passagem da tempestade tropical severa JUDE, evento climático que devastou a província entre os dias 10 e 11 d e março do ano em curso.
Desta área, mais de 36 mil hectares semeados são tidos como perdidos tendo em conta que as suas culturas foram arrastadas pela fúria das águas. Nos restantes hectares, as culturas foram alagadas e outras acamadas, abrindo a possibilidade da sua recuperação.
Para a presente campanha agrícola, a província de Nampula planificou uma área de cerca de 3 milhões de hectares, mas até ao momento foram lavrados e semeados cerca de 2,7 milhões de hectares. Da área planificada, esperava-se uma produção de mais de 13 milhões de toneladas de culturas diversas.
Das culturas gravemente afectadas o destaque vai para milho, amendoim, arroz, mandioca e feijões. As comunidades mais assoladas são as localizadas nos distritos junto a costa moçambicana, nomeadamente Nacala, Memba, Mossuril, Ilha de Moçambique, Angoche e Moma, de acordo com a Direção Provincial de Agricultura e Pesca de Nampula.
“Nós sabemos que a tempestade tropical severa JUDE, afectou grandemente os distritos costeiros, portanto, uma grande parte dos distritos do interior não foram afectados. A província tem uma grande parte da sua produção que não chegou efectivamente a ser atingida pela tempestade. Mas, do levantamento que fizemos, os distritos costeiros e não só, alguns distritos do interior, fizemos um levantamento de 101 mil hectares afectados, mas 36.400 hectares perdidos, ou cujo impacto do ciclone consubstancia a perca daquelas culturas”, anotou Manuel Chicamisse, Director Provincial de Agricultura e Pesca de Nampula.
“Naquelas áreas que consideramos perdidas, algumas culturas ficaram alagadas, outras ficaram acamadas e ainda temos um grupo de culturas que foram arrastadas. Para as culturas alagadas e acamadas, podemos considerar que elas podem ser recuperadas. Após o ciclone há um trabalho de recuperação que é feito pelos próprios agricultores e produtores, assistidos pelos extensionistas que os distritos têm. Então, as culturas efectivamente perdidas seriam aquelas arrastadas”, continuou Chicamisse.
“No geral, temos o milho, gergelim, o arroz, a mandioca, feijões, amendoim, temos culturas arbóreas como cajueiros, coqueiros, praticamente são essas culturas que sofreram. O impacto deste ciclone maioritariamente são os distritos costeiros, como Moma, Angoche, Memba, Nacala, Ilha de Moçambique, Mossuril. Mas também alguns distritos do interior, Lalaua também sofreu até Murrupula também sofreu, mas o impacto está mais na zona costeira”, reiterou a fonte.
2ª época agrícola pode ser a salvação
A destruição daquelas áreas de produção acontece numa altura em que as culturas encontravam-se em bom estado vegetativo, quase na metade da primeira época agrícola. Por essa razão, com a perda das culturas equaciona-se a possibilidade de eventual registo de bolsas de fome, sobretudo nas zonas afectadas.
Para evitar que tal acontecimento humilhante tenha lugar na província mais populosa de Moçambique, Chicamisse aponta a segunda época como uma das soluções.
“Agora, é preciso percebermos que, para evitarmos a situação de bolsa de fome, para além da recuperação dessas áreas que estão supostamente perdidas, nós também estamos a nos preparar para reforçar a nossa capacidade de intervenção ao nível da segunda época, onde já temos 200 mil hectares preparados para fazermos o plantio da segunda época e, nós estamos a montar agora a nossa estratégia para permitir que agrodealers, aqueles que providenciam insumos agrícolas para a época de cultivo, estejam preparados com alguma antecedência”, referiu o titular da pasta da agricultura e pescas em Nampula.
“Estamos a nos antecipar, já iniciamos os contactos com os agrodealers, já preparamos o extensionistas para, principalmente nessas zonas afectadas, prepararmos a população para antecipar-se.
Estima-se que o ciclone JUDE destruiu as machambas de um universo de 4200 famílias, e, toda província de Nampula. “Essas famílias estão muito bem identificadas ao nível dos distritos, estão registadas. Nós reforçaremos, daremos maior apoio, maior atenção a essas famílias, com sementes e outros insumos para elas produzirem”, assegurou Manuel Chicamisse.(Constantino Henriques)
O conteúdo Mais de 100 mil hectares de produção devastados pelo JUDE em Nampula aparece primeiro em Jornal Ikweli.
http://dlvr.it/TJfrLS
Desta área, mais de 36 mil hectares semeados são tidos como perdidos tendo em conta que as suas culturas foram arrastadas pela fúria das águas. Nos restantes hectares, as culturas foram alagadas e outras acamadas, abrindo a possibilidade da sua recuperação.
Para a presente campanha agrícola, a província de Nampula planificou uma área de cerca de 3 milhões de hectares, mas até ao momento foram lavrados e semeados cerca de 2,7 milhões de hectares. Da área planificada, esperava-se uma produção de mais de 13 milhões de toneladas de culturas diversas.
Das culturas gravemente afectadas o destaque vai para milho, amendoim, arroz, mandioca e feijões. As comunidades mais assoladas são as localizadas nos distritos junto a costa moçambicana, nomeadamente Nacala, Memba, Mossuril, Ilha de Moçambique, Angoche e Moma, de acordo com a Direção Provincial de Agricultura e Pesca de Nampula.
“Nós sabemos que a tempestade tropical severa JUDE, afectou grandemente os distritos costeiros, portanto, uma grande parte dos distritos do interior não foram afectados. A província tem uma grande parte da sua produção que não chegou efectivamente a ser atingida pela tempestade. Mas, do levantamento que fizemos, os distritos costeiros e não só, alguns distritos do interior, fizemos um levantamento de 101 mil hectares afectados, mas 36.400 hectares perdidos, ou cujo impacto do ciclone consubstancia a perca daquelas culturas”, anotou Manuel Chicamisse, Director Provincial de Agricultura e Pesca de Nampula.
“Naquelas áreas que consideramos perdidas, algumas culturas ficaram alagadas, outras ficaram acamadas e ainda temos um grupo de culturas que foram arrastadas. Para as culturas alagadas e acamadas, podemos considerar que elas podem ser recuperadas. Após o ciclone há um trabalho de recuperação que é feito pelos próprios agricultores e produtores, assistidos pelos extensionistas que os distritos têm. Então, as culturas efectivamente perdidas seriam aquelas arrastadas”, continuou Chicamisse.
“No geral, temos o milho, gergelim, o arroz, a mandioca, feijões, amendoim, temos culturas arbóreas como cajueiros, coqueiros, praticamente são essas culturas que sofreram. O impacto deste ciclone maioritariamente são os distritos costeiros, como Moma, Angoche, Memba, Nacala, Ilha de Moçambique, Mossuril. Mas também alguns distritos do interior, Lalaua também sofreu até Murrupula também sofreu, mas o impacto está mais na zona costeira”, reiterou a fonte.
2ª época agrícola pode ser a salvação
A destruição daquelas áreas de produção acontece numa altura em que as culturas encontravam-se em bom estado vegetativo, quase na metade da primeira época agrícola. Por essa razão, com a perda das culturas equaciona-se a possibilidade de eventual registo de bolsas de fome, sobretudo nas zonas afectadas.
Para evitar que tal acontecimento humilhante tenha lugar na província mais populosa de Moçambique, Chicamisse aponta a segunda época como uma das soluções.
“Agora, é preciso percebermos que, para evitarmos a situação de bolsa de fome, para além da recuperação dessas áreas que estão supostamente perdidas, nós também estamos a nos preparar para reforçar a nossa capacidade de intervenção ao nível da segunda época, onde já temos 200 mil hectares preparados para fazermos o plantio da segunda época e, nós estamos a montar agora a nossa estratégia para permitir que agrodealers, aqueles que providenciam insumos agrícolas para a época de cultivo, estejam preparados com alguma antecedência”, referiu o titular da pasta da agricultura e pescas em Nampula.
“Estamos a nos antecipar, já iniciamos os contactos com os agrodealers, já preparamos o extensionistas para, principalmente nessas zonas afectadas, prepararmos a população para antecipar-se.
Estima-se que o ciclone JUDE destruiu as machambas de um universo de 4200 famílias, e, toda província de Nampula. “Essas famílias estão muito bem identificadas ao nível dos distritos, estão registadas. Nós reforçaremos, daremos maior apoio, maior atenção a essas famílias, com sementes e outros insumos para elas produzirem”, assegurou Manuel Chicamisse.(Constantino Henriques)
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