O Governo de Angola reconheceu, nesta quinta-feira, que a insegurança alimentar continua a ser uma questão urgente, especialmente nas regiões sul e leste do país, afetadas por cheias e secas.
Durante o lançamento da consulta pública para a elaboração da Estratégia Nacional de Reconversão dos Sistemas Agro-alimentares (ENRSA) 2026-2035.
O engenheiro Waldemar Simões, da Direção Nacional de Agricultura e Pecuária (DNAP), apontou a baixa produtividade agrícola como um dos principais desafios, além da necessidade de financiamento e acesso ao crédito para o setor.
Simões destacou que a agricultura representa cerca de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) de Angola e emprega mais de 80% da população rural, sendo um setor vital para a economia do país.
No entanto, o setor enfrenta desafios como o baixo acesso a tecnologias adequadas, má gestão do solo e da água, além de pragas e doenças que impactam a produção.
De acordo com os dados da campanha agrícola 2023-2024, as empresas agrícolas familiares produziram 23 milhões de toneladas de produtos em 5,5 milhões de hectares, enquanto o setor empresarial produziu cerca de cinco milhões de toneladas em 527 mil hectares cultivados.
Apesar dos esforços do governo para fornecer apoio financeiro ao setor, Simões observou que a produção ainda é fraca.
A consulta pública sobre a ENRSA, que ocorrerá ao longo de três meses, visa melhorar os sistemas agroalimentares do país, com o objetivo de promover a nutrição e a saúde da população.
A estratégia também pretende criar mecanismos para o funcionamento do investimento em sistemas agroalimentares sustentáveis e resilientes.
Por sua vez, o ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Santos, enfatizou que a ENRSA tem como pilares o combate à pobreza e a garantia da segurança alimentar e nutricional.
O ministro reafirmou que a agricultura é a base do crescimento sustentável de Angola e o caminho para alcançar a prosperidade para todos os angolanos. Continua LER mais Conteúdos...[AQUI]
Fonte: Rádio Moçambique