No local, Gueta Chapo recomendou um levantamento mais sério em torno das vítimas do JUDE, depois que visitou vítimas no bairro de Massingir e ofereceu kits de produtos de primeira necessidade, incluindo de construção, à 3 famílias.
“Neste momento, assistimos as três mamãs que sofreram mais, mas também, estamos a pedir para ficarem a fazer uma lista que possa abranger aquelas todas pessoas que sofreram, uma lista verdadeira e não fantasma que não deixe ninguém de fora (…) e assim nós vamos poder angariar mais produtos para apoiar pessoas que realmente sofreram”.
Em entrevista ao Ikweli, o Secretário Permanente do distrito de Nacala-à-Velha, Constantino António, fez saber que mais de quatro mil famílias, correspondente a 20 mil, pessoas foram completamente afetadas pelo ciclone JUDE.
“Por causa disso mesmo, algumas famílias encontram-se refugiadas com cerca de seis, sete ou até mesmo oito famílias numa única casa, isso significa que houve muita afectação do ciclone, sobretudo aqui na sede. Numa primeira fase as famílias tinham se refugiado na escola primária da Josina [Machel]”.
Segundo explica, igualmente, ficaram destruídas infraestruturas públicas e privadas, bem como algumas culturas com destaque para o milho, gergelim e mandioca.
“A primeira época já está totalmente perdida (…). Por aquilo que são os registos, temos cerca de 105 toneladas de milho e 75 de gergelim que foram perdidas e em termos de segurança alimentar o distrito pode vir a sofrer”.
Um outro dado não menos importante é que a via que liga Nacala-à-Velha ao distrito de Memba passou a ser usada desde a última sexta-feira (21), como via alternativa para se chegar a Cabo Delgado.
“Nesta última semana começou esse processo de transição para se chegar a Cabo Delgado e é pela primeira vez, aliás acontecia para quem quisesse, mas agora passou a ser por força maior e nós acreditamos que essa transitabilidade vai trazer melhores impactos para os residentes locais em termos de comércio”. (Ângela da Fonseva, em Nacala-à-Velha)
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