
A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) acusou o Governo moçambicano de não honrar compromissos com os docentes e de enfraquecer deliberadamente o setor da educação para manter o controle sobre a população. A denúncia foi feita nesta quinta-feira, 27 de março, pelo presidente da organização, Isac Marrengula, durante a Auscultação sobre o Estado Geral da Nação, promovida por três organizações da sociedade civil – Parlamento Juvenil, Plataforma DECIDE e Observatório das Mulheres.
Marrengula criticou a falta de pagamento das dívidas relativas às horas extras dos professores, destacando casos de docentes que aguardavam mais de 200 mil meticais e receberam valores insignificantes, como 15 mil ou até mesmo 1.500 meticais.
O dirigente da ANAPRO acusou o presidente Daniel Chapo de enganar a população ao afirmar, durante uma visita a Cabo Delgado, que o Governo já tinha fundos para liquidar as dívidas. Segundo Marrengula, tais declarações foram apenas uma estratégia política sem respaldo na realidade.
Além das irregularidades salariais, o líder da ANAPRO alertou para o que considera ser uma política deliberada do Governo para comprometer a qualidade da educação no país. Ele defende que o descaso com o setor faz parte de uma estratégia para dificultar o acesso da população ao conhecimento, garantindo assim a manutenção do poder político.
A denúncia da ANAPRO intensifica o debate sobre a crise na educação moçambicana, num momento em que professores enfrentam dificuldades financeiras e o ensino público segue fragilizado. "Clique Aqui" para ver o artigo completo na integra.
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