Folha de Manica

Ciclone Chido destrói Mercado Isaura Nyusi em Metuge e vendedores arriscam a vida na estrada

Ciclone Chido destrói Mercado Isaura Nyusi em Metuge e vendedores arriscam a vida na estrada

Metuge, Moçambique – O Mercado de Frutas e Hortícolas Isaura Nyusi, localizado no posto administrativo de Miezi, distrito de Metuge, em Cabo Delgado, foi completamente destruído pelo ciclone Chido, que atingiu a região norte do país no dia 15 de dezembro de 2024. 

A infraestrutura, inaugurada há menos de um ano, não resistiu à força do fenômeno meteorológico.

Com a destruição do mercado, os vendedores foram obrigados a instalar-se à beira da Estrada Nacional Número Um (EN1) para continuar suas atividades comerciais. A nova localização expõe os comerciantes a riscos iminentes de acidentes de viação, mas a necessidade de garantir o sustento diário os força a permanecer no local.

Sérgio Terenciano, vendedor de verduras, afirmou não ter alternativa para continuar seu trabalho. “O mercado foi destruído pelo ciclone e, desde então, começamos a vender aqui na beira da estrada para garantir algum dinheiro para o nosso sustento”, explicou.

Outro comerciante, Yahaia, lamentou a ausência de resposta das autoridades. “Até agora, nenhuma equipa governamental veio avaliar a situação dos vendedores. 

Durante a inauguração, o governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, garantiu que a estrutura estava preparada para resistir a eventos climáticos extremos, mas ela nem sequer durou um ano”, criticou.

O Mercado Isaura Nyusi foi construído no âmbito do Programa de Infraestruturação de Mercados Rurais e Postos de Comercialização Agrícola, com um investimento de oito milhões de meticais financiado pelo Orçamento do Estado. 

A expectativa era que, anualmente, fossem comercializadas 300 mil toneladas de frutas e hortícolas, com um incremento estimado de 35% nas vendas.

A demora na resposta das autoridades levanta dúvidas sobre a qualidade da infraestrutura e sobre quais medidas serão tomadas para garantir a segurança e a subsistência dos comerciantes afetados. Enquanto isso, os vendedores continuam expostos a riscos e aguardam uma solução concreta do governo.

Fonte da notícia: Moz24h 
Foto: Arquivo

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