Folha de Manica

Passageiros de Chapas Denunciam Desmandos no Terminal da Liberdade

Passageiros de Chapas Denunciam Desmandos no Terminal da Liberdade

Os utentes dos transportes semi-colectivos de passageiros, conhecidos como “chapas”, das rotas Liberdade-Museu e Baixa, em Maputo, estão a levantar a voz contra os abusos praticados pelos operadores, sobretudo nas primeiras horas da manhã, no terminal do bairro da Liberdade.

O problema, segundo os passageiros, reside no encurtamento forçado das rotas e nas ligações quase obrigatórias, uma prática que os obriga a desembolsar valores elevados para chegar ao centro da cidade. Para piorar, os transportadores, muitas vezes, embarcam passageiros fora do terminal, ignorando aqueles que aguardam pacientemente nas filas.

Maria Simbine, uma das utentes afectadas, revelou ao “Notícias” que esta situação persiste há meses, acontecendo sob o olhar indiferente das associações de transportes. “Sou obrigada a pagar entre 35 a 50 meticais nas manhãs para chegar à cidade de Maputo, porque se seguir a fila, corro o risco de me atrasar ao serviço. Os chapas simplesmente não carregam quem está na fila”, desabafou, indignada.

Mateus Sambo, outro passageiro, corrobora as queixas e alerta para o risco de a desorganização do terminal resultar em confrontos entre passageiros e transportadores. “A cobrança por ligações deveria ser suspensa, já que os operadores não pagam taxas de portagem”, defendeu.

O cenário agravou-se com a recente onda de manifestações violentas, durante as quais os chapas, mesmo com letreiros indicando determinados destinos, acabavam por desviar para outras rotas, deixando os utentes desamparados.

Entretanto, a Polícia Municipal tem estado a sensibilizar os operadores para cumprirem a postura municipal e evitarem actos que prejudiquem os passageiros. Resta saber se estas ações serão suficientes para devolver a ordem e o respeito ao terminal da Liberdade.

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