Pelo menos 52 pessoas ficaram desempregadas, devido ao encerramento do maior supermercado da Macia, em Bilene, província de Gaza, vandalizado e saqueado por populares, no auge dos protestos pós-eleitorais. O Governo de Bilene diz que há sete estabelecimentos que fecharam definitivamente as portas e o total do número de desempregados ultrapassa 60.
Há menos de dois meses, no dia 24 de Dezembro do ano passado, populares invadiram 16 estabelecimentos comerciais em Bilene, entre eles, o maior supermercado da vila municipal de Macia, que foi vandalizada e saqueada.
"Foi uma surpresa, porque estivemos a trabalhar e, no dia seguinte, ficamos espantados com o nível de destruição. Estava tudo de qualquer maneira, tudo estragado foi muito triste", lamentou Jorgina Matuka.
Jorgina Matuka trabalhava no supermercado Shoprite, na Macia, antes do estabelecimento fechar as portas, 14 anos depois da sua instalação. “A vida está muito complicada, eu não esperava que de uma noite para o dia eu poderia acordar sem saber o que dar aos meus filhos”, disse.
Os danos da invasão popular foram graves, e as consequências também. De acordo com dados avançados pelo Governo distrital, “pelo menos 60 pessoas perderam o emprego com encerramento de empreendimentos comerciais, no distrito de Bilene”, avançou Gracinda Carlos, directora dos Serviços de Actividades Económicas/Bilene.
Nada sobrou, aliás, restou o nome e a imponência de um edifício comercial que não passa despercebido ao longo da estrada nacional número 1. Mas, quanto a condições e garantia de trabalho restam memórias, aliás, tornadas amargas. Quem viveu e vive na pele revela a dor de dormir empregado e acordar no desemprego.
“Na verdade perdi tudo e não sei como e para onde ir com esta situação, pedimos ajuda”, disse Alcina Mateus.
O drama começa bater à porta das famílias…Em declarações carregadas de emoção, com lágrimas à mistura, Nilza Massingue, de 56 anos de idade, revela estar a atravessar dificuldades financeiras. E teme que a falta de dinheiro afecte os cuidados de saúde do seu filho. “Eu não sei como irei levá-lo ao hospital, assim como sei, também como farei para comprar os seus medicamentos", disse.
Para Alcina Matias o desemprego é como perder o rumo no meio do percurso. Para ela o desespero é por conta da saúde da sua mãe que luta contra uma doença grave há 10 anos.
Já Jacob Nhambanga compara a perda de emprego à situação de luto … que chegou sem avisar…. Jacob diz que mantinha a esperança de que o supermercado voltaria a abrir as portas…mas o que tanto temia aconteceu…, e, agora… "Não tenho para onde ir, eu estou no chão na verdade eu só confiava na Shoprite, assim que fechou eu não sei como foi sustentar os meus filhos” lamentou.
Ao todo, são 52 pessoas que ficaram desempregadas com o encerramento da Shoprite na Macia e o governo do distrito do Bilene confirma o fecho de portas deste supermercado. Gracinda Carlos diz que a situação é preocupante, pois “mais 60 pessoas ficaram sem emprego, em resultado do encerramento definitivo de 7 estabelecimentos de um total de 16 saqueados”, durante os protestos pós-eleitorais.
O impacto do encerramento do supermercado e outros estabelecimentos faz-se sentir no sector informal, bem como na vida dos munícipes da vila da Macia. Azarias Mathe vende castanha há 12 anos à entrada do supermercado e fala da redução de vendas desde o encerramento do estabelecimento.
Na macia, os prejuízos decorrentes do saque popular são estimados em mais de 36 milhões de meticais.
http://dlvr.it/THt4hk
Há menos de dois meses, no dia 24 de Dezembro do ano passado, populares invadiram 16 estabelecimentos comerciais em Bilene, entre eles, o maior supermercado da vila municipal de Macia, que foi vandalizada e saqueada.
"Foi uma surpresa, porque estivemos a trabalhar e, no dia seguinte, ficamos espantados com o nível de destruição. Estava tudo de qualquer maneira, tudo estragado foi muito triste", lamentou Jorgina Matuka.
Jorgina Matuka trabalhava no supermercado Shoprite, na Macia, antes do estabelecimento fechar as portas, 14 anos depois da sua instalação. “A vida está muito complicada, eu não esperava que de uma noite para o dia eu poderia acordar sem saber o que dar aos meus filhos”, disse.
Os danos da invasão popular foram graves, e as consequências também. De acordo com dados avançados pelo Governo distrital, “pelo menos 60 pessoas perderam o emprego com encerramento de empreendimentos comerciais, no distrito de Bilene”, avançou Gracinda Carlos, directora dos Serviços de Actividades Económicas/Bilene.
Nada sobrou, aliás, restou o nome e a imponência de um edifício comercial que não passa despercebido ao longo da estrada nacional número 1. Mas, quanto a condições e garantia de trabalho restam memórias, aliás, tornadas amargas. Quem viveu e vive na pele revela a dor de dormir empregado e acordar no desemprego.
“Na verdade perdi tudo e não sei como e para onde ir com esta situação, pedimos ajuda”, disse Alcina Mateus.
O drama começa bater à porta das famílias…Em declarações carregadas de emoção, com lágrimas à mistura, Nilza Massingue, de 56 anos de idade, revela estar a atravessar dificuldades financeiras. E teme que a falta de dinheiro afecte os cuidados de saúde do seu filho. “Eu não sei como irei levá-lo ao hospital, assim como sei, também como farei para comprar os seus medicamentos", disse.
Para Alcina Matias o desemprego é como perder o rumo no meio do percurso. Para ela o desespero é por conta da saúde da sua mãe que luta contra uma doença grave há 10 anos.
Já Jacob Nhambanga compara a perda de emprego à situação de luto … que chegou sem avisar…. Jacob diz que mantinha a esperança de que o supermercado voltaria a abrir as portas…mas o que tanto temia aconteceu…, e, agora… "Não tenho para onde ir, eu estou no chão na verdade eu só confiava na Shoprite, assim que fechou eu não sei como foi sustentar os meus filhos” lamentou.
Ao todo, são 52 pessoas que ficaram desempregadas com o encerramento da Shoprite na Macia e o governo do distrito do Bilene confirma o fecho de portas deste supermercado. Gracinda Carlos diz que a situação é preocupante, pois “mais 60 pessoas ficaram sem emprego, em resultado do encerramento definitivo de 7 estabelecimentos de um total de 16 saqueados”, durante os protestos pós-eleitorais.
O impacto do encerramento do supermercado e outros estabelecimentos faz-se sentir no sector informal, bem como na vida dos munícipes da vila da Macia. Azarias Mathe vende castanha há 12 anos à entrada do supermercado e fala da redução de vendas desde o encerramento do estabelecimento.
Na macia, os prejuízos decorrentes do saque popular são estimados em mais de 36 milhões de meticais.
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