Alguns comerciantes abordados pelo nosso jornal explicaram que a subida de preços resulta das manifestações violentas, que, devido aos bloqueios das vias e à queima de viaturas, condicionaram o transporte do cereal dos locais de produção para os de consumo.
Segundo apuramos, o milho comercializado no mercado grossista de Waresta, o maior da região norte do país, provém das províncias de Tete e Niassa, além dos países vizinhos como a Zâmbia e o Malawi.
A fonte explicou que aqueles que arriscaram continuar a trazer o produto foram obrigados a aumentar o preço para compensar os custos operacionais.
“Mesmo com a aparente trégua que se verifica actualmente na zona centro do país, poucos camionistas de carga continuam a chegar a Waresta, trazendo milho. Quando procuramos saber, eles respondem que não querem arriscar as suas vidas nem as suas viaturas”, disse Sebastião Costa.
Consta também que, devido às manifestações, algumas unidades de processamento de milho em farinha foram vandalizadas, ou os proprietários decidiram suspender as actividades.
Para alguns clientes, como Isabel Patrício, o alto preço levou-a a trocar o milho por mandioca seca. Ela pediu a intervenção das autoridades na fiscalização dos preços, para evitar eventuais casos de oportunismo na marcação de preços de produtos de primeira necessidade.
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