Pressão diplomática e ameaça militar sul-africana forçam Ruanda a recuar no conflito com a RDC
O presidente de Ruanda, Paul Kagame, ordenou a retirada imediata de todas as forças militares ruandesas das cidades fronteiriças da República Democrática do Congo (RDC), determinando o seu reagrupamento na capital, Kigali.
A decisão surge após relatos de que a África do Sul teria ameaçado utilizar mísseis balísticos de longo alcance e mobilizar unidades navais e de comando para retaliar a morte de 13 dos seus soldados.
Uma carta oficial assinada pelo primeiro-ministro ruandês justifica a retirada como uma medida de proteção para Kigali e infraestruturas críticas do país. No entanto, fontes militares sul-africanas apontam que a decisão de Kagame pode ter sido motivada pelo risco iminente de uma ofensiva militar massiva por parte da África do Sul.
Além disso, a pressão diplomática também contribuiu para a retirada. Alemanha e Reino Unido suspenderam a ajuda financeira a Ruanda, enquanto França e Estados Unidos apelaram diretamente a Kagame para reduzir as tensões e evitar uma escalada do conflito no Leste do Congo.
A retirada das tropas ruandesas poderá representar um ponto de viragem na crise regional, mas analistas alertam que o conflito entre Ruanda e RDC ainda está longe de uma resolução definitiva.