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Zambézia: Manuel De Araújo critica governador Pio Matos pela violência crescente nas comunidades
O líder político De Araújo fez duras críticas ao governador da província da Zambézia, Pio Matos, em relação ao aumento da violência nas comunidades locais.
De Araújo afirmou que a violência tem se tornado cada vez mais frequente, sinalizando um grande problema de desrespeito pela vida, pelo bem público e pelos direitos dos outros, algo que ele considera ser um mal para toda a sociedade.
"Nos últimos tempos, temos visto a violência se espalhar pelas nossas comunidades, o que é um sinal claro de que a moral e o respeito estão sendo violados. Isso é inaceitável.
A destruição do que pertence aos outros também é destruição de algo que pertence a todos nós. Temos que combater essa violência de maneira unida, pois ela não é um mal do governo, mas um mal de toda a sociedade", declarou De Araújo.
O político também se referiu ao trágico incidente ocorrido em Morrumbala, onde uma pessoa foi decapitada de forma brutal e sem motivo aparente.
"Como podemos justificar a morte de alguém que nada fez de mal? A vida pertence a Deus e ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa. Precisamos de respostas para esse tipo de violência", disse, visivelmente indignado.
De Araújo questionou a postura do governador Pio Matos, que, segundo ele, parece desconhecer as causas desses atos de violência. "O senhor governador diz que não sabe as causas do que aconteceu em Morrumbala.
Ou ele está a descansar ou a dormir. O povo não está a ser protegido pelo Estado, e, sem proteção, acaba se defendendo de formas extremas, o que gera mais violência."
O líder político fez um apelo a todas as forças políticas, lideranças e até à sociedade civil, incluindo as igrejas, para que se unam numa campanha que ajude a sensibilizar e amolecer os corações endurecidos pela violência.
Ele ressaltou que a paz só será alcançada se as forças responsáveis pela segurança, como a Polícia da República de Moçambique (PRM) e o Comando Provincial da Polícia, respeitarem os direitos humanos.
"A nossa Constituição proíbe a pena de morte, mas a polícia tem agido como se tivesse esse poder, matando cidadãos. Isso é um problema sério.
Estamos num Estado de direito democrático e, enquanto não houver respeito pelos direitos humanos, a violência só vai aumentar", criticou De Araújo.
Ele também mencionou o recente assassinato de três régulos em Namacurra, levantando a questão de quem realmente é responsável por essas mortes.
"Quando o povo sente que o Estado não o protege, acaba por se revoltar e criar ciclos de violência. Precisamos de uma ação mais firme e de um compromisso real das autoridades para resolver esse problema."
De Araújo concluiu pedindo que a sociedade se una para combater a violência de forma eficaz, garantindo segurança e paz para as comunidades da Zambézia e de todo o país.