Folha de Manica

Moçambique vai expandir serviços de tratamento do cancro para hospitais provinciais

Moçambique vai expandir serviços de tratamento do cancro para hospitais provinciais

O Governo moçambicano pretende expandir, ainda no primeiro trimestre de 2025, os serviços de tratamento do cancro para todos os hospitais provinciais, reforçando a capacidade de resposta à doença em todo o país.

Atualmente, a quimioterapia é realizada apenas nos hospitais centrais de Maputo, Beira, Quelimane e Nampula. No entanto, segundo Cesaltina Lorenzoni, chefe do Programa Nacional de Controlo do Cancro no Ministério da Saúde (MISAU), o plano é alargar o serviço aos hospitais provinciais, com foco no tratamento dos quatro tipos de cancro mais comuns:

Cancro da mama
Cancro do colo do útero
Cancro da próstata
Sarcoma de Kaposi

Investimentos para melhorar o acesso ao tratamento

Além da descentralização da quimioterapia, há perspectivas de instalar um serviço de radioterapia no Hospital Central de Nampula, para atender a população da zona norte e aliviar a pressão sobre o Hospital Central de Maputo, que atualmente é a única unidade que oferece esse tratamento.

Por outro lado, os tratamentos cirúrgicos para cancro da mama, colo do útero em estágios iniciais, próstata e sarcoma de Kaposi já são realizados em unidades de saúde de diferentes níveis, incluindo hospitais rurais, distritais, provinciais, centrais e gerais.

Novas tecnologias para diagnóstico precoce

A detecção precoce do cancro é fundamental para aumentar as taxas de cura. Para isso, Moçambique está liderando a introdução de novas tecnologias de rastreio, diagnóstico e tratamento do cancro do colo do útero, uma das principais causas de morte entre mulheres no país.

“Estamos a desenvolver testes rápidos e de baixo custo para diagnosticar o cancro do colo do útero. Os ‘testes em papel’ que estamos a testar são mais específicos e precisos”, explicou Lorenzoni.

Caso a mulher seja HIV positivo, o teste será feito a cada cinco anos (se o resultado for negativo). Para as mulheres sem HIV, o exame poderá ser repetido a cada dez anos.

Lorenzoni está confiante de que o projeto será aprovado por entidades internacionais, permitindo sua implementação em Moçambique e outros países africanos com alta prevalência do cancro do útero.

Novos equipamentos para rastreio de outras doenças

Além do cancro do útero, o Ministério da Saúde está a desenvolver ensaios para melhorar o rastreio de outras doenças, como parte do esforço contínuo para modernizar e expandir os serviços de saúde no país.

Fonte da notícia: Jornal Notícias
Fonte da foto: Arquivo

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