Folha de Manica

Empresa do ministro do Interior envolvida em retenção de armas no Aeroporto de Mavalane

Empresa do ministro do Interior envolvida em retenção de armas no Aeroporto de Mavalane

Empresa do ministro do Interior envolvida em retenção de armas no Aeroporto de Mavalane

A Autoridade Tributária de Moçambique solicitou, através da nota n.º 381/AT/DGA-GDG/419/2024, de 20 de setembro de 2024, que o Ministério do Interior enviasse técnicos para a peritagem física de armas retidas no Aeroporto Internacional de Mavalane, em Maputo. 

O caso ganhou contornos polémicos depois de se revelar que a empresa responsável pela importação das armas tem como um dos seus acionistas o atual ministro do Interior, Paulo Chachine.

A situação levanta um possível conflito de interesse, visto que Chachine terá agora que enviar os seus próprios subordinados para analisar um carregamento importado por sua própria empresa. 

A legislação moçambicana, mais especificamente o n.º 1 do artigo 34 da Lei de Probidade Pública, define como conflito de interesse qualquer situação em que um gestor público tenha interesses privados que possam influenciar suas decisões ou comprometer a imparcialidade das suas funções.

Até o momento, nem o Ministério do Interior nem a Autoridade Tributária se pronunciaram oficialmente sobre o caso. Entretanto, cresce a pressão pública para que haja transparência na avaliação da legalidade da importação e na conduta do ministro.

O caso levanta questões sobre a separação entre negócios privados e funções governamentais, além da necessidade de fiscalização rigorosa sobre importações de armas no país. 

A retenção do carregamento e a necessidade de perícia reforçam a importância de mecanismos de controle para evitar possíveis abusos de poder e garantir que a lei seja cumprida de forma imparcial.

A sociedade civil e organizações que monitoram a transparência na gestão pública pedem esclarecimentos e uma investigação sobre o caso, que pode ter implicações políticas e jurídicas para o ministro Paulo Chachine.

Fonte da notícia: CIP - Centro de Integridade Pública
Foto: Arquivo

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