Americanos vão continuar a apoiar Moçambique com medicamentos antirretrovirais
O governo dos Estados Unidos reafirmou o seu compromisso em continuar a apoiar Moçambique na distribuição de medicamentos antirretrovirais, garantindo que não haverá interrupção no fornecimento desses fármacos essenciais para o combate ao HIV/SIDA no país.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo Ministro da Saúde, Ussene Hilário Isse, após um encontro com o Embaixador dos Estados Unidos em Moçambique.
Segundo o ministro, a continuidade do apoio americano ao setor da Saúde foi recebida com grande satisfação, uma vez que cobre três componentes fundamentais: o fornecimento de medicamentos antirretrovirais, a redução da transmissão do HIV de mãe para bebê e a logística de distribuição dos fármacos por todo o território nacional.
"Eles compreenderam a nossa preocupação. A componente do HIV completa está acautelada, a componente da redução da transmissão do HIV da mãe para bebê também está garantida, e a grande componente da logística, que era a nossa maior preocupação, está igualmente assegurada", afirmou Isse.
Apoio americano é fundamental para a saúde pública
O apoio dos Estados Unidos é feito principalmente através do Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio da AIDS (PEPFAR) e da Iniciativa Global de Assistência à Saúde, programas que destinam cerca de 400 milhões de dólares ao sistema de saúde moçambicano.
Esse financiamento cobre desde a aquisição dos medicamentos até a sua distribuição em unidades sanitárias, garantindo que os pacientes possam ter acesso ao tratamento necessário para viver com qualidade de vida.
"Eles apoiam bastante na distribuição de medicamentos até a última milha, ou seja, até as unidades sanitárias mais remotas. Isso é fundamental para garantir que os pacientes continuem a receber tratamento sem interrupções", acrescentou o ministro.
Produção local de medicamentos ainda é um desafio
Enquanto o apoio internacional continua a ser crucial para o setor da Saúde, Moçambique também busca fortalecer a sua capacidade interna de produção de medicamentos. Recentemente, o governo brasileiro financiou a instalação de uma fábrica no país para a produção de medicamentos nacionais.
No entanto, até o momento, a unidade tem se dedicado apenas à fabricação de analgésicos, sem produzir antirretrovirais.
Questionado sobre os desafios da produção local, o ministro da Saúde reconheceu que há obstáculos a serem superados, mas garantiu que o assunto será analisado de forma mais aprofundada nos próximos meses.
"Este é um grande desafio que temos. Acabamos de assumir a liderança do Ministério da Saúde e estamos a dar continuidade ao trabalho dos nossos colegas. Ainda vamos analisar melhor esta questão e, em próximas oportunidades, daremos mais informações", explicou.
A continuidade do apoio dos Estados Unidos é uma garantia essencial para a saúde pública moçambicana, especialmente na luta contra o HIV/SIDA, uma das principais preocupações sanitárias do país. O compromisso reforça a parceria entre os dois países na busca por soluções eficazes para a saúde da população.