
Os restos mortais de Adelino Buque foram a enterrar nesta segunda-feira, na Província de Maputo, num ambiente de profunda comoção e saudade. Familiares, amigos e colegas reuniram-se para prestar a última homenagem a um homem descrito como brilhante e exemplar.
O corpo de Adelino Buque chegou à Igreja Anglicana, em Boane, na manhã do dia da despedida. Familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho aguardavam, com pesar, a chegada da urna. A cerimónia fúnebre iniciou-se com uma missa de corpo presente, ministrada por Dom Dinis Sengulane. Durante o ofício religioso, o clima de dor e respeito foi marcado por lágrimas e palavras emocionadas de despedida.
À medida que a missa decorria, mais pessoas chegavam à Igreja Anglicana para participar no último adeus. Adelino Buque foi celebrado como um homem fiel aos seus princípios, cuja força e testemunho de vida não foram apagados nem mesmo pelo sofrimento da doença que o vitimou, no passado dia 13 de Fevereiro, no Hospital Central de Maputo.
“De tal forma que o sofrimento da doença de que padecia não foi capaz de apagar o brilho da sua alma nem a força do seu testemunho”, destacou um dos oradores durante a cerimónia.
Os familiares recordaram Adelino Buque como um pilar de boa convivência e amor incondicional. “Hoje, celebramos a sua vida, bem vivida, homem que fez tudo por todos e sempre prezou valores da boa convivência. Testemunhamos a sua bravura, tivemos a certeza de que foste um verdadeiro guerreiro”, homenageou a família.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) também reconheceu o legado de Adelino Buque, destacando a sua contribuição incansável para o crescimento do sector empresarial. Agostinho Vuma, presidente da CTA, afirmou: “Como nos ensina Paulo, o apóstolo, combateste um bom combate.
Neste combate, podemos crer que deixas um legado de bravura e perseverança que só as tuas convicções podem testemunhar na luta de remoção de cada barreira que empunhava na melhoria do ambiente de negócios em solo pátrio”.
Kabir Ibrahimo, presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), lembrou Buque como um homem de dinamismo e honestidade, afirmando que ele “participou em momentos marcantes no percurso do INSS”.
Um dos momentos mais emocionantes da cerimónia foi protagonizado pelas duas filhas de Adelino Buque, que, entre lágrimas, leram uma comovente mensagem de despedida.
“Mesmo sendo rígido, a tua preocupação era sempre para o nosso bem”, recordaram, mencionando com ternura as memórias de infância, as noites em que a porta de casa ficava fechada para as que chegavam tarde, e as manhãs em que Buque acordava toda a família para cumprir tarefas que só ele compreendia.
“E à noite, quando eu e a Manaluxa demorávamos a dormir, fazíamos barulho e, de repente, ouvíamos a batida forte da porta e a famosa frase: É bom dormir”, disseram, arrancando lágrimas e sorrisos nostálgicos.
Os netos também expressaram o seu último adeus, numa demonstração de amor incondicional.
Após a missa, a urna seguiu rumo ao Cemitério Municipal de Boane, onde Adelino Buque foi sepultado por volta das 13 horas. Entre lágrimas e orações, o adeus tornou-se eterno, mas o legado de Adelino Buque permanecerá vivo na memória de todos aqueles que tiveram o privilégio de cruzar o seu caminho.
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