TVM DESATIVA COMENTÁRIOS EM TRANSMISSÕES OFICIAIS, E POPULAÇÃO QUESTIONA CENSURA
Decisão da emissora estatal levanta debates sobre liberdade de expressão em Moçambique
A Televisão de Moçambique (TVM), principal emissora pública do país, está sob críticas após desativar os comentários em suas transmissões ao vivo, especialmente nas coberturas das atividades do Presidente da República, Daniel Francisco Chapo.
A medida tem gerado preocupações sobre transparência e liberdade de expressão, levando muitos a questionar se se trata de uma forma de censura.
Como veículo estatal, a TVM tem a responsabilidade de garantir uma comunicação aberta e imparcial. No entanto, ao restringir a participação dos cidadãos, cria-se um ambiente de desconfiança e insatisfação.
Para muitos, a decisão da emissora representa um retrocesso democrático, limitando o espaço para o debate público e afastando a população das discussões sobre temas de interesse nacional.
Especialistas em comunicação alertam que a imprensa pública deve servir ao povo e não a interesses políticos específicos.
Ao impedir a manifestação dos telespectadores, a TVM pode estar comprometendo sua credibilidade e minando sua missão de informar de forma transparente e plural.
Nas redes sociais, muitos moçambicanos demonstram indignação com a postura da emissora, ressaltando que a liberdade de expressão é um direito fundamental e que qualquer tentativa de silenciá-la deve ser contestada.
Até o momento, a TVM não se pronunciou oficialmente sobre a decisão de desativar os comentários.
O episódio reacende o debate sobre o papel da mídia estatal em um país democrático e a necessidade de garantir que todos os cidadãos tenham voz.