O República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, declarou que uma guerra com o Ruanda é possível.
acusando o país vizinho de violar o território congolês para saquear recursos minerais e aterrorizar a população.
Tshisekedi afirmou: "Claro, uma guerra é possível, não o escondo".
Ele também criticou a "inércia da comunidade internacional" diante da situação.
As tensões entre a RDC e o Ruanda intensificaram-se devido ao ressurgimento do grupo rebelde M23, que retomou a luta armada em 2021 após anos de inatividade.
O M23 é acusado de receber apoio do Ruanda, embora Kigali negue envolvimento.
A ONU e países como França e Estados Unidos corroboram as acusações de apoio ruandês aos rebeldes.
O conflito no leste da RDC tem raízes profundas, remontando ao genocídio ruandês de 1994 e à exploração de minas de coltão.
A recente ofensiva do M23 resultou na tomada de Goma, capital de Kivu Norte, e no controle da região mineradora de Rubaya, rica em coltão.
Estima-se que cerca de 800.000 pessoas tenham sido deslocadas devido aos combates.
Em resposta à crise, a missão da ONU na RDC (Monusco) e tropas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) intervieram militarmente em apoio ao exército congolês.
No entanto, os esforços de paz, como o processo de Luanda, liderado pelo presidente angolano João Lourenço, não conseguiram pôr fim ao conflito.
Tshisekedi expressou o desejo de evitar a guerra, afirmando preferir direcionar recursos para o desenvolvimento do país.
Ele enfatizou: "Quero adiar esta eventualidade ao máximo, pois prefiro usar toda a nossa energia e as nossas riquezas em benefício de desenvolvimento dos 145 territórios da RDC do que no esforço militar".
A comunidade internacional continua a monitorar a situação, com esforços de mediação em andamento para evitar uma escalada do conflito entre a RDC e o Ruanda.