Emmanuel Macron Anuncia Apoio a Moçambique e Reforço da Cooperação Bilateral
O presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou apoio ao recém-eleito presidente de Moçambique, Daniel Chapo, e destacou o compromisso da França em fortalecer as relações bilaterais entre os dois países. A declaração surge após um longo período de silêncio de Macron sobre a situação política moçambicana, gerando expectativas sobre os próximos passos dessa cooperação.
Segundo Macron, a parceria entre Moçambique e França é "saudável e estratégica", abrangendo setores como defesa e economia. A França, através de uma organização presente no país, deve investir cerca de 368 milhões de euros em 31 projetos, reafirmando seu interesse em consolidar sua presença econômica e política na região.
Um dos principais focos da cooperação será a segurança marítima, especialmente na Zona Econômica Exclusiva de Moçambique, onde há vastos recursos naturais. Esse apoio francês levanta questionamentos sobre a real autonomia moçambicana na proteção de seus próprios interesses estratégicos.
A França tem enfrentado resistência crescente em vários países da África Ocidental, como Burkina Faso, onde foi recentemente expulsa, acusada de apoiar regimes autoritários e explorar recursos locais em benefício próprio. Em Moçambique, no entanto, a presença francesa se intensificou, principalmente devido ao interesse na exploração de gás em Cabo Delgado.
Enquanto Macron reforça a parceria com o governo moçambicano, muitos cidadãos se perguntam se essa relação trará benefícios para o povo ou apenas favorecerá elites políticas e interesses estrangeiros. A renovação de acordos de defesa assinados em 2023 fortalece ainda mais a posição da França no país, ampliando seu envolvimento nas decisões estratégicas de Moçambique.
O apoio francês ao novo governo moçambicano desperta debates sobre a soberania nacional e o impacto dessa aliança no futuro do país. Resta saber até que ponto essa cooperação será benéfica para o desenvolvimento moçambicano ou se seguirá o mesmo padrão de influência que levou ao afastamento da França em outras partes do continente africano.