Jornalista Júlio Manjate Defende Educação para Combater Fake News nas Escolas
O combate à
desinformação, manifestada através da disseminação de "fake news",
deve ter início nos estabelecimentos de ensino, defendeu hoje o jornalista e
docente universitário Júlio Manjate, durante uma palestra na Universidade
Púnguè, em Chimoio, província de Manica.
Manjate, que também
preside o Conselho de Administração da Sociedade do Notícias, sublinhou a
importância de ensinar às crianças, adolescentes e jovens a responsabilidade
sobre os conteúdos que produzem e compartilham nas plataformas digitais.
A palestra, dirigida a
estudantes de Licenciatura em Ensino de Português e Estudos Editoriais, teve
como tema “Comunicação e Cidadania em Tempos de Fake News”.
Para Manjate, é
essencial que a educação para os media comece desde o ensino básico. Ele
sugeriu até a adopção de medidas compulsórias no currículo escolar para que o
debate sobre comunicação e responsabilidade social se inicie o mais cedo
possível.
“A circulação de
informação falsa não é um fenómeno novo, mas a sua propagação aumentou de forma
alarmante nas plataformas digitais, comprometendo os processos de formação e de
construção da cidadania e democracia”, alertou Manjate.
Ele acrescentou que,
neste cenário, é vital que o cidadão seja criterioso na selecção da informação
que consome, para que possa tomar decisões mais conscientes e se tornar um
melhor cidadão.
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Encerrando a palestra,
Manjate lançou uma reflexão aos presentes: “Podem as novas tecnologias de
informação e comunicação, com todo o seu poder, desestabilizar os fundamentos
da cidadania baseados na pertença a um Estado-Nação, na participação política e
na consciência dos direitos e deveres individuais?”. Clique Aqui para continuar…