A Gemfields, principal acionista da Montepuez Ruby Mining (MRM), decidiu adiar o seu tradicional leilão de rubis, inicialmente previsto para novembro e dezembro deste ano, para janeiro e fevereiro de 2026.
A empresa justifica a decisão com o atraso no comissionamento da segunda unidade de processamento da MRM, agravado por ações de sabotagem realizadas por garimpeiros ilegais na região de Montepuez, província de Cabo Delgado.
De acordo com o portal Engineering News, cerca de 250 a 400 garimpeiros por dia têm danificado infraestruturas de fornecimento da MRM, dificultando a conclusão do projeto.
A Gemfields alertou ainda que a extração e circulação de rubis ilegais está a afetar os preços de mercado e a reduzir as receitas fiscais de Moçambique, apelando à intervenção das autoridades para conter o problema.
LEIA TAMBÉM:
- Vice-Comandante da PRM desafia polícia a reconquistar confiança do povo
- Criação de Centro Regional reforça combate à pesca ilegal na SADC
- Moçambique participa na Cimeira da ONU sobre Crimes Cibernéticos em Hanói
- Messi renova contrato e reacende rivalidade com Cristiano Ronaldo
- Fundo Soberano: TA aponta discrepâncias entre Governo e INP
Apesar dos desafios, a Gemfields arrecadou recentemente 11 milhões de dólares (equivalente a 703,9 milhões de meticais) num leilão intermédio de rubis em bruto realizado entre 29 de setembro e 3 de outubro, em Banguecoque, Tailândia.
No total, foram vendidos 26 dos 33 lotes disponíveis, representando 62% dos 297 449 quilates oferecidos, com preço médio de 59,43 dólares por quilate.
Segundo Adrian Banks, diretor de produto e vendas da Gemfields, a maioria dos rubis vendidos é proveniente da nova zona de exploração “Maninge Nice”, caracterizada por pedras de qualidade média e comercial.
As receitas do leilão serão integralmente repatriadas para Moçambique, com o pagamento total dos direitos de exploração ao Estado. Continua LER mais Clique Aqui
Fonte: MZNews
Foto: Reprodução/Internet
