A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) denunciou neste sábado (04.10) as “mortes políticas, perseguições e fraudes eleitorais” que, segundo o partido, continuam a ameaçar o espírito do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado há 33 anos, em Roma, entre Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama.
No comunicado, a RENAMO sublinha que “estes acontecimentos continuam a ferir a confiança entre os moçambicanos e a atrasar o sonho de uma convivência pacífica e justa”, pedindo maior investimento no diálogo político e em reformas estruturais para garantir reconciliação e estabilidade.
O partido recorda que o AGP foi “um pacto de esperança” para pôr fim à guerra civil que assolou Moçambique entre 1977 e 1992, deixando cerca de um milhão de mortos.
A RENAMO acrescenta que, apesar dos vários entendimentos assinados, “a FRELIMO nunca cumpriu integralmente os acordos”, mas mantém a expectativa de resultados positivos no atual processo de Diálogo Nacional Inclusivo.
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Por sua vez, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) destacou que a guerra deixou “cicatrizes profundas”, enaltecendo os esforços coletivos em prol da paz e apelando a cada cidadão para cultivar diálogo, solidariedade e respeito mútuo como formas de combater desigualdades sociais e pobreza.
O Presidente Daniel Chapo, que em abril promulgou a lei do Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo, defende que o processo permitirá rever a Constituição, reformar o modelo eleitoral e assegurar forças de segurança apartidárias.
A auscultação pública do diálogo arranca a 6 de outubro em todas as províncias e na diáspora. Continua LER mais Clique Aqui
Fonte: DW