Foto © Faizal Chauque / Zitamar News |
Venâncio Mondlane Defende Revolução e Rebate Acusações de Golpe em Moçambique
O candidato
presidencial da oposição, Venâncio Mondlane, rebateu alegações de que estaria
promovendo um golpe contra o Estado moçambicano, após membros da Frelimo e do
governo levantarem tais suspeitas.
Durante o anúncio da
quarta fase das manifestações pós-eleitorais, Mondlane reafirmou que seu objectivo
é exigir a correcção das alegadas fraudes nos resultados das eleições de Outubro,
nas quais ele afirma ter saído vencedor.
Mondlane refuta o termo
"golpe", associado à ilegitimidade, e prefere usar a expressão
"revolução" para descrever sua luta política.
Ele destacou que os
protestos convocados não têm como objectivo derrubar o governo ou ocupar o
palácio presidencial, mas sim pressionar as autoridades eleitorais a revisar os
resultados.
No entanto, Mondlane
argumenta que essas acções são reacções à repressão policial, que já resultou
em dezenas de mortes e detenções.
Enquanto isso, a
legitimidade dos resultados eleitorais continua sendo tema de debate. Mondlane
reconheceu, em sua última declaração, que ainda não há uma confirmação
independente sobre o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais.
"Não se trata de insurreição, mas de justiça eleitoral", declarou o candidato em uma transmissão ao vivo.Apesar de sua posição, os protestos têm gerado episódios de violência esporádica, incluindo incêndios em escritórios da Frelimo e confrontos com a polícia.(alert-success)
Essa
incerteza alimenta a tensão política no país, com a oposição mobilizando seus
apoiantes em protestos que desafiam a estabilidade do sistema político
atual.
A Frelimo, no entanto,
rejeita as acusações de fraude e mantém sua posição de que as eleições foram
conduzidas de forma transparente.
O governo também tem
tratado as manifestações como uma questão de ordem pública, destacando a
violência em alguns actos para deslegitimar o movimento liderado por
Mondlane.
O cenário político em
Moçambique segue polarizado, com a oposição insistindo em sua narrativa de
fraude e mobilizando esforços para uma "revolução" democrática,
enquanto o partido no poder busca manter o status quo e reafirmar a vitória
eleitoral. (ZITAMAR)