Contraste nas Forças de Segurança: Apoio Popular vs. Violência em Manifestações em Moçambique
Na noite de ontem, o cenário de protestos em Moçambique revelou contrastes marcantes no comportamento das forças de segurança durante manifestações populares contra a fome e a crise socioeconômica.
Enquanto algumas unidades da Polícia da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) demonstraram apoio ao direito do povo de protestar pacificamente, outras foram acusadas de usar força letal contra manifestantes em diferentes partes do país.
Em bairros de Maputo e Matola, relatos indicam uma abordagem inesperadamente pacífica por parte da UIR.
Segundo testemunhas, os agentes incentivaram os manifestantes a continuarem suas ações simbólicas, como bater panelas e apitar, desde que evitassem obstruir as vias públicas.
Uma frase atribuída a agentes da UIR capturou a atenção pública: “Manifeste-se, batam panelas, façam barulho, nós também estamos cansados. Essa situação tem de mudar.”(alert-success)
Esse posicionamento humanizado foi aplaudido por muitos, que consideraram um gesto de solidariedade raro em tempos de repressão.
Até as 23h, as manifestações ocorreram sem registros de violência nessas áreas, um contraste com episódios ocorridos em outros pontos do país.
Entretanto, relatos de violência extrema em outras regiões levantam questões sobre a conduta das forças de segurança.
Testemunhas denunciaram assassinatos, tiros com munição real e atropelamentos propositais contra cidadãos que apenas manifestavam sua insatisfação através do som de panelas.
Atos atribuídos a membros da UIR e a agentes não identificados geraram indignação generalizada, reforçando a percepção de repressão estatal.
A disparidade de ações entre os próprios agentes da polícia evidencia a complexidade da crise política em Moçambique.
Por um lado, há sinais de fraternidade entre forças de segurança e cidadãos; por outro, a repressão severa expõe divisões e descontentamentos dentro do regime.
Os protestos refletem o desespero do povo moçambicano, que clama por mudanças estruturais diante da fome e da deterioração socioeconômica. Continue lendo mais...
"Assinado por Galhardo Vaz Negro - Activista social, escritor comunicólogo e poeta."(alert-error)
FONTE: VM7 CHANEL (WHATSAPP)