Nobel de Economia 2024: Lições Valiosas para Moçambique sobre Instituições Inclusivas e Prosperidade

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Nobel de Economia 2024: Lições Valiosas para Moçambique sobre Instituições Inclusivas e Prosperidade

Nobel de Economia 2024: Lições Valiosas para Moçambique sobre Instituições Inclusivas e Prosperidade

O Prémio Nobel de Ciências Económicas de 2024 foi concedido a Daron Acemoglu, James Robinson e Simon Johnson, renomados economistas cujas pesquisas exploram a importância das instituições políticas e económicas inclusivas para a prosperidade das nações. 

O anúncio, feito no último 14 de outubro, reconhece o impacto da obra dos laureados na compreensão de como a organização social e econômica dos países afeta sua trajetória de riqueza ou pobreza.

Os estudos dos economistas destacam que a prosperidade de uma nação está profundamente relacionada com a forma como suas instituições são formadas e evoluem. 

Em seu trabalho, eles argumentam que países ricos tendem a possuir instituições inclusivas, que promovem a participação econômica e política de todos os cidadãos, criando um ambiente propício para o crescimento. 

Em contrapartida, as nações com instituições “extractivas”— aquelas que favorecem uma minoria e restringem oportunidades para o resto da população—tendem a permanecer estagnadas na pobreza.

A análise dos vencedores do Nobel sublinha que, ao longo das últimas décadas, o desenvolvimento econômico é mais efetivo em sociedades com sistemas políticos e econômicos que promovem igualdade de oportunidades e respeitam o estado de direito. 

A obra dos pesquisadores chama a atenção para o papel central das instituições na criação de um desenvolvimento sustentável, que possibilita o avanço de políticas inclusivas e a eliminação de desigualdades.

O artigo do economista moçambicano Salim Cripton Valá, publicado exatamente um mês após o anúncio do Nobel, reflete sobre a importância dessas conclusões para Moçambique. 

Ele destaca que o país tem enfrentado desafios significativos na área de inclusão econômica, com uma economia amplamente baseada em recursos naturais, o que pode levar a um modelo de desenvolvimento extrativista. 

Valá questiona se as lições sobre a importância das instituições inclusivas poderiam ser aplicadas em Moçambique para criar um ambiente mais propício à prosperidade compartilhada e à redução da pobreza.

Para Valá, os estudos dos laureados no Nobel de Economia de 2024 oferecem uma análise que vai além das variáveis econômicas tradicionais e apontam para uma abordagem institucional, onde a política e a economia convergem para fomentar uma sociedade mais justa e produtiva. 

Ao discutir o trabalho de economistas como Amartya Sen, Valá sugere que a prosperidade não depende apenas do crescimento do PIB, mas da distribuição justa das oportunidades e do fortalecimento das bases institucionais.

O autor finaliza refletindo sobre como Moçambique pode se beneficiar ao adotar instituições mais inclusivas, que favoreçam o desenvolvimento humano e a participação econômica de sua população. 

Assim, o Prémio Nobel de Economia 2024 traz uma discussão essencial para países que, como Moçambique, buscam crescer economicamente, mas ainda enfrentam desafios estruturais em suas instituições políticas e econômicas. (CARTAMZ)

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