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Zimbabueanos Envolvidos em Votação Ilegal em Moçambique, Orgulhosos de Apoiar a FRELIMO
Recentemente, uma série de zimbabueanos foi acusada de votar ilegalmente nas eleições gerais de Moçambique, com alguns alegando ter sido coagidos pela Zanu PF a apoiar Daniel Chapo, candidato da FRELIMO, enquanto outros afirmam estar orgulhosos de ter participado voluntariamente no processo.Segundo a edição de segunda-feira (14 de Outubro) do jornal zimbabueano New Zimbabwe, um número significativo de apoiantes da Zanu PF, incluindo Edison Manyawi, um antigo vereador, participou nas eleições de Moçambique.
Manyawi surpreendeu ao vangloriar-se publicamente, diante das câmaras, de ter votado ilegalmente a favor da FRELIMO, justificando a sua ação pelo histórico de apoio entre os dois países durante as lutas de libertação.
"Estamos felizes com o que fizemos porque Moçambique é nosso vizinho e nos ajudou na luta de libertação. Não hesitaríamos em ajudá-los a vencer as eleições", declarou Manyawi.
O New Zimbabwe também reportou que centenas de zimbabueanos foram mobilizados para votar em várias localidades, como Masvingo, Chegutu, Mutare e Harare.
Jovens e idosos receberam documentos de identificação moçambicanos, assim como cartões de eleitor autênticos, antes de serem instruídos a votar em Daniel Chapo.
Este não é um episódio isolado. Já em Abril, o jornal The Mirror revelou um esquema de recenseamento eleitoral ilegal que envolveu o registo de milhares de cidadãos zimbabueanos em Moçambique.
O processo foi tão flagrante que três repórteres do Mirror conseguiram registar-se como eleitores em Nemamwa Growth Point, a 25 km de Masvingo.
A Zanu PF, frequentemente acusada de interferir em processos eleitorais em países vizinhos, mantém uma relação histórica e estreita com a FRELIMO, fortalecida por laços de camaradagem.
Essa colaboração tem gerado críticas da oposição zimbabueana, que acusa o partido de apoiar fraudes eleitorais nos países vizinhos.
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FONTE: DW.COM