Ângela Pires denuncia a postura da União Europeia nas eleições de Moçambique

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Denúncia de Ângela Pires Expõe Preocupações com Fraude Eleitoral em Moçambique e Intervenção da União Europeia
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Denúncia de Ângela Pires Expõe Preocupações com Fraude Eleitoral em Moçambique e Intervenção da União Europeia

 

FOLHA DE MANICA - Ângela Pires denuncia a postura da União Europeia nas eleições de Moçambique, criticando a falta de acção sobre a fraude eleitoral e o apoio à FRELIMO


Ângela Pires, activista e observadora atenta do cenário político em Moçambique, expressou profundas preocupações sobre o papel da União Europeia (UE) no acompanhamento das eleições no país, especialmente quanto à possibilidade de uma fraude eleitoral massiva.

 

Durante uma conferência de imprensa recente, Pires revelou seu descontentamento com a actuação dos observadores internacionais, especialmente de uma deputada socialista que representava os observadores da UE, afirmando que o comportamento europeu no processo eleitoral moçambicano poderia legitimar um regime de fraude liderado pela FRELIMO.

 

Pires declarou que a postura passiva da União Europeia diante de irregularidades nas eleições passadas, como as autárquicas, levanta dúvidas sobre o futuro das eleições gerais de Moçambique.

 

Segundo ela, nas eleições anteriores, Venâncio Mondlane, líder da RENAMO, havia vencido nas urnas em todas as mesas de Maputo, mas foi forçado a marchar por 40 dias após um acordo entre RENAMO e FRELIMO.

 

Desta vez, porém, Pires acredita que Mondlane não terá a opção de recuar, uma vez que ele agora lidera a oposição, e a população já não tolera mais a presença da FRELIMO no poder.

 

Críticas ao Papel da União Europeia

 

Para Ângela Pires, a credibilidade dos observadores internacionais está em xeque, especialmente com a alegação de que há critérios diferenciados para a avaliação de eleições em países africanos, como Moçambique, em comparação com nações ocidentais.

 

Esse tratamento desigual, segundo Pires, mina a confiança que o povo moçambicano poderia depositar nesses observadores. Ela expressou indignação com a falta de seriedade no envio de apenas 150 observadores da União Europeia para um país do tamanho de Moçambique, contrastando com a presença de 45.000 observadores pela Igreja Católica nas eleições no Congo.

 

"Como podem mandar 150 pessoas para observar um país com a dimensão de Moçambique?", questionou Pires. "É uma brincadeira. Se querem ser hipócritas, que não seja connosco."

 

O Desespero da Juventude Moçambicana

 

Outro ponto forte das declarações de Ângela Pires foi sua análise sobre a composição demográfica de Moçambique. Com cerca de 80% da população abaixo dos 35 anos, a activista destacou que muitos desses jovens nasceram após 1989 e não têm nada a perder, o que os torna cada vez mais revoltados contra o regime da FRELIMO.

 

Para Pires, a paciência da população jovem está no limite, e a próxima eleição poderá desencadear uma reacção furiosa, caso se confirme mais uma vez uma fraude eleitoral.

 

"Os jovens estão furiosos, e já ninguém aguenta a FRELIMO. Eles vêem seus candidatos viajando em jactos e helicópteros, enquanto o país enfrenta crises profundas", desabafou Pires, criticando a corrupção desenfreada no país.

 

Dependência da Comunidade Internacional

 

Um ponto crucial da denúncia de Pires é a dependência de Moçambique da ajuda internacional, especialmente da União Europeia e dos Estados Unidos. Segundo ela, o orçamento do Estado moçambicano é fortemente subsidiado por doações estrangeiras, algo que já perdura por quase 50 anos.

 

Pires acredita que, se a União Europeia realmente quisesse intervir, bastaria cortar o apoio financeiro à FRELIMO, pois o país já não conseguiria se sustentar sozinho.

 

"A Europa, a França, todos sabem que, se puxarem o tapete, a FRELIMO cai. Mas eles estão aqui pelos seus próprios interesses", afirmou. "Já chega! São 49 anos de domínio, e ninguém nos vem ajudar. Pelo menos, não dêem o voto de confiança a este regime corrupto."

 

Pires concluiu suas declarações com um apelo à comunidade internacional, pedindo que a postura adoptada em casos como o da Venezuela seja aplicada também em Moçambique.

 

Ela acredita que, com uma pressão suficiente da comunidade internacional, a verdade eleitoral poderá prevalecer e evitar que a FRELIMO continue perpetuando fraudes.

 

Uma Nação à Beira de Uma Crise

 

As palavras de Ângela Pires expõem uma realidade dura enfrentada por muitos moçambicanos. A crescente frustração da juventude, a passividade dos observadores internacionais e a falta de intervenção efectiva da União Europeia criam um cenário preocupante para as próximas eleições.

 

A pressão da comunidade internacional pode ser a chave para garantir que as próximas eleições sejam justas, mas o cepticismo em relação às intenções da Europa persiste.

 

Moçambique, segundo Pires, está em um ponto de inflexão, e a resposta à fraude eleitoral nas eleições pode definir o futuro do país. Se nada mudar, a revolta popular poderá ser inevitável.

Palavras-chave: Eleições em Moçambique, Fraude Eleitoral, União Europeia, Observadores Eleitorais, Venâncio Mondlane, FRELIMO, RENAMO, Comunidade Internacional, Intervenção da União Europeia.

 

FAQs

A seguir, respondemos a algumas questões relevantes sobre a situação em Moçambique e a intervenção da União Europeia:

 

Como a União Europeia está envolvida nas eleições em Moçambique?

A União Europeia envia observadores para monitorar a legitimidade do processo eleitoral em Moçambique. No entanto, críticos, como Ângela Pires, questionam a eficácia e imparcialidade desses observadores.

 
Por que Ângela Pires acredita que haverá fraude nas próximas eleições?

Pires aponta para fraudes em eleições passadas, como nas autárquicas, e critica a postura passiva da União Europeia, sugerindo que a situação se repetirá nas próximas eleições gerais.

 

O que pode acontecer se a fraude for confirmada nas próximas eleições?

Segundo Pires, a população, especialmente os jovens, pode reagir com revolta, pois já estão insatisfeitos com a longa permanência da FRELIMO no poder.

 

A ajuda internacional desempenha um papel na política de Moçambique?

Sim. Pires destaca que o orçamento de Moçambique é fortemente subsidiado por doações da União Europeia e dos Estados Unidos, o que influencia as dinâmicas políticas internas.

 

A comunidade internacional poderia intervir para garantir eleições justas em Moçambique?

Sim, se houver pressão suficiente, especialmente cortando o apoio financeiro à FRELIMO. Pires acredita que, sem esse suporte, o regime não se sustentaria.

 

Quais são as expectativas da juventude moçambicana em relação ao futuro político?

A juventude moçambicana está cada vez mais insatisfeita e revoltada com o governo da FRELIMO. Eles buscam mudanças, e sua paciência está no limite.

 

Links sugeridos:

- Inbound: "História das Eleições em Moçambique" 

- Outbound: "Relatório da União Europeia sobre Observação Eleitoral em África"

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