Israel Ataca o Norte do Líbano Pela Primeira Vez em Escalada de Conflito

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Israel Ataca o Norte do Líbano Pela Primeira Vez em Escalada de Conflito no Médio Oriente

Israel Ataca o Norte do Líbano Pela Primeira Vez em Escalada de Conflito no Médio Oriente

FOLHA DE MANICA - No sábado, 5 de Outubro, Israel realizou o seu primeiro ataque aéreo na cidade de Tripoli, no norte do Líbano, intensificando as hostilidades em uma região já marcada por tensões.

 

Até então, os ataques israelitas estavam concentrados no sul do Líbano e na capital, Beirute, como parte do conflito em curso com o grupo Hezbollah e outras facções ligadas à resistência armada.

 

O grupo palestiniano Hamas confirmou que Saeed Attallah Ali, um dos seus comandantes, foi morto durante o bombardeio em Tripoli. Além dele, sua esposa e duas filhas também perderam a vida no ataque, que ocorreu em um campo de refugiados palestinianos.

 

Até o momento, o governo israelita não fez comentários sobre o ataque, mas não é a primeira vez que membros do Hamas são alvo de operações militares israelitas no Líbano.

 

O Líbano abriga uma vasta população de refugiados palestinianos, muitos dos quais fugiram durante a guerra de 1948, conhecida como Nakba, após a criação do Estado de Israel.

 

Esses campos de refugiados têm sido, ao longo das décadas, palco de tensões e confrontos devido à presença de grupos armados que desafiam a ocupação israelita.

 

Reacção Internacional e Advertências de Joe Biden

 

Enquanto o conflito entre Israel e os grupos armados no Líbano se intensifica, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo à cautela.

 

Na sexta-feira, 4 de Outubro, durante uma reunião na Casa Branca, Biden alertou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sobre as possíveis consequências de ataques a infra-estruturas sensíveis, como instalações petrolíferas iranianas.

 

Biden afirmou que uma ofensiva contra esses alvos poderia desencadear uma "guerra total no Médio Oriente", o que os EUA estão tentando evitar.

 

O presidente americano reforçou o compromisso de Washington em apoiar Israel, mas sugeriu que Netanyahu explore outras opções antes de tomar qualquer decisão sobre ataques estratégicos.

 

"Se eu estivesse no lugar deles, estaria a pensar noutras alternativas que não atacar campos petrolíferos", disse Biden aos jornalistas, referindo-se às discussões que Washington tem mantido com Israel sobre possíveis acções militares.

 

Apesar dos apelos de moderação, a tensão na região continua a aumentar. O ataque israelita em Tripoli ocorre num momento de maior mobilização militar, especialmente após o lançamento de mísseis balísticos iranianos no início da semana, que aumentou os temores de uma escalada ainda maior no conflito.

 

ONU Mantém Posições no Líbano

 

Em meio à escalada de violência, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL), destacada ao longo da fronteira entre Israel e o Líbano, anunciou que manterá suas posições, apesar do pedido do Exército israelita para que deslocasse algumas das suas tropas.

 

A FINUL afirmou que o pedido foi feito em 30 de Setembro, quando Israel comunicou a sua intenção de realizar "incursões terrestres limitadas" no território libanês.

 

No entanto, a ONU reforçou que suas forças de manutenção da paz continuarão a operar nas áreas designadas, afirmando que a segurança de seus militares é uma prioridade. O comunicado também pediu que todas as partes envolvidas no conflito respeitem a integridade das forças de paz, sublinhando o papel vital que desempenham para evitar uma escalada maior na violência.

 

Um Cenário de Escalada

 

O conflito em curso entre Israel e o Hezbollah, aliado ao apoio de outros grupos armados como o Hamas, representa uma ameaça à estabilidade do Médio Oriente.

 

A incursão israelita no norte do Líbano é vista como um novo capítulo neste confronto, com potenciais repercussões para toda a região.

 

Enquanto Israel mantém sua política de defesa contra o que considera ameaças existenciais, grupos armados como o Hamas continuam a ser alvos prioritários.

 

Entretanto, a comunidade internacional, liderada pelos EUA, busca soluções diplomáticas para impedir que a escalada resulte numa guerra aberta, com consequências imprevisíveis para o Médio Oriente.

 

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