Dois Agentes do SERNIC Detidos há 4 Anos Lutam por Liberdade sem Julgamento
Dois agentes do Serviço
Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), identificados como Bule e Dick Manhissa,
estão detidos há quatro anos sem julgamento, e suas famílias e colegas pedem
por justiça.
Segundo informações
veiculadas no canal “Beleza em Pessoa” e transcritas pelo portal “Folha de
Manica”, os agentes foram envolvidos em um caso relacionado ao sequestro de um
empresário em Moçambique.
Apesar de terem sido
parte das investigações que resultaram no resgate do empresário Rayuan, ambos
permanecem presos desde 2021 sem que um julgamento tenha sido marcado,
levantando suspeitas sobre a imparcialidade do sistema judicial.
Os dois agentes faziam
parte de uma equipe maior, composta por dez oficiais, dos quais oito já foram
libertados. Bule e Dick Manissa, no entanto, continuam presos, enquanto as
autoridades não oferecem justificativas claras para a demora do processo legal.
Colegas e familiares
dos detidos acreditam que sua prisão esteja sendo usada como exemplo para
intimidar outros agentes que possam se opor a certos interesses.
A matéria publicada
pelo canal “Beleza em Pessoa” levanta questionamentos sobre o envolvimento das
autoridades em sequestros, apontando que, muitas vezes, esses crimes ocorrem à
vista das forças de segurança, o que sugere a possível conivência ou
negligência por parte das autoridades.
O vídeo do canal
destaca que o sequestro de Rayuan ocorreu no Bairro de Eduardo Mondlane, onde,
graças à rápida intervenção da polícia, o empresário foi resgatado sem grandes
prejuízos financeiros.
O caso dos agentes Bule
e Dick Manhissa tem gerado crescente preocupação sobre o tratamento de
profissionais do SERNIC que tentam desmantelar redes criminosas. Dick Manissa,
por exemplo, esteve envolvido no desmantelamento de uma fábrica de substâncias
ilegais, o que gerou represálias.
Segundo familiares, os
estrangeiros presos nesse caso foram libertados em menos de seis meses,
enquanto os agentes responsáveis pela operação permanecem presos até hoje.
O canal “Beleza em
Pessoa” finaliza o vídeo com um apelo à intervenção de organizações como o
Centro de Integridade Pública, na esperança de que haja um julgamento justo
para os agentes, que seguem sem resposta sobre o porquê de ainda estarem
presos.
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