Venâncio Mondlane Denuncia Delitos Eleitorais da FRELIMO à Procuradoria-Geral da República
O candidato presidencial Venâncio Mondlane apresentou hoje uma queixa à Procuradoria-Geral da República (PGR), acusando membros da FRELIMO, partido no poder em Moçambique, de cometerem delitos eleitorais.
Mondlane afirmou que a instituição tem demonstrado parcialidade, favorecendo o partido governista.
A queixa submetida pelo meu mandatário inclui casos de conhecimento público, já investigados e com provas claras como as águas cristalinas das nossas praias", disse Mondlane em uma publicação divulgada nas redes sociais.
O político moçambicano acusou a PGR de ignorar as infrações cometidas pela FRELIMO e declarou que a denúncia visa expor a "parcialidade" do Ministério Público.
Mondlane, que concorre à presidência com o apoio do Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), declarou que a atenção dada à notificação que ele recebeu da PGR está sendo usada para desviar o foco dos verdadeiros prevaricadores no processo eleitoral.
Na semana passada, a PGR advertiu Mondlane para moderar sua linguagem durante a campanha, depois de ele ter feito declarações que foram interpretadas como injuriosas.
Uso de Bens Públicos pela FRELIMO
O candidato também acusou a FRELIMO de utilizar bens públicos, como viaturas das Forças de Defesa e Segurança (FDS), do Ministério da Educação e até mesmo um avião presidencial, para a campanha eleitoral.
Mondlane denunciou Daniel Chapo, candidato da FRELIMO, de "governar de forma ilegítima e ilegal" ao recorrer a recursos estatais durante a campanha.
Precisamos despartidarizar o Estado, acabar com tribunais manipulados e controlados, usados para condenar membros da oposição. Temos de 'desfrelimizar' o Estado", enfatizou Mondlane.
Repressão Contra a Oposição
Ele ainda lembrou imagens virais que mostram membros da FRELIMO pisoteando camisetas do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido no parlamento, durante as eleições autárquicas de Outubro de 2023.
Mondlane criticou a rapidez com que os tribunais condenam membros da oposição, apontando que dois políticos do Podemos foram recentemente presos, um deles condenado a 10 dias de prisão, convertidos em salários mínimos.
"A PGR está a afastar-se da sua missão de guardiã da legalidade, e esta denúncia é um teste à sua imparcialidade", concluiu Mondlane. Leia mais noticias...