Venâncio Mondlane Critica Chissano e Guebuza e Desafia CNE e PGR em Moçambique

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Venâncio Mondlane Critica Chissano e Guebuza e Desafia CNE e PGR em Moçambique

Na mais recente reviravolta política em Moçambique, Venâncio Mondlane, figura influente da oposição, lançou duras críticas contra os ex-presidentes Joaquim Chissano e Armando Guebuza por sua participação ativa na campanha eleitoral do candidato da Frelimo, Daniel Chapo. 

Mondlane expressou sua indignação ao afirmar que ambos, agora aposentados e vivendo com fundos públicos, deveriam se manter fora da campanha partidária e focar em representar a soberania do país, não os interesses de um partido. 

"Esses velhos deviam estar em casa a descansar. O povo paga seus salários para que defendam a soberania, não para fazerem campanha", declarou Mondlane.

Segundo ele, a decisão da Frelimo de resgatar ex-presidentes para a campanha é um sinal de fraqueza, sugerindo que o partido está "desesperado" e incapaz de manter a liderança sem ajuda. 

Para Mondlane, essa atitude é não só injusta, mas também "um crime", pois os ex-presidentes, que deveriam representar a nação, estão agindo em benefício de uma única organização política.

As críticas de Mondlane não pararam por aí. Ele também apontou a falta de ação da Procuradoria Geral da República (PGR) e da Comissão Nacional de Eleições (CNE) em relação às diversas irregularidades eleitorais que ocorrem no país, nomeadamente a remoção de bandeiras de partidos da oposição, como o Movimento Democrático de Moçambique (MDM). 

Mondlane desafiou ambas as instituições a serem mais imparciais, perguntando: “Se já conseguiram chamar Venâncio Mhami [candidato opositor], por que não convocam aqueles que ordenaram a retirada das bandeiras?”

Além das críticas ao sistema, Mondlane também ressaltou a importância de um presidente comprometido com o bem-estar do povo. 

Em suas palavras, o próximo líder de Moçambique deve ser alguém capaz de fornecer uma boa educação, saúde, segurança e infraestrutura ao país, além de garantir salários dignos para os trabalhadores públicos, especialmente professores e profissionais de saúde. 

"O presidente deve ser o último a se beneficiar dos esforços do povo", frisou Mondlane.

A situação política em Moçambique está cada vez mais tensa, com a participação ativa de figuras históricas e o crescente descontentamento popular em relação à gestão atual. 

Mondlane destacou que essa fase das eleições se tornou um momento decisivo para o futuro do país, onde o povo está se manifestando de forma clara e direta, seja por meio de vaias a membros da Frelimo, seja por demonstrações públicas de insatisfação.

Mondlane finalizou sua intervenção sublinhando a necessidade de um presidente que una a nação e não permita divisões partidárias. 

Ele reforçou a importância de um governo para todos, independentemente da filiação política. 

O cenário eleitoral moçambicano segue quente e a expectativa em torno dos resultados cresce a cada dia. Para mais detalhes assista o video acima...

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