Filipe Nyusi destaca os desafios globais, a paz e o desenvolvimento de Moçambique em entrevista à ONU News, com foco nas mudanças climáticas e reformas globais.
Em uma entrevista à ONU News, o presidente moçambicano Filipe Jacinto Nyusi fez uma reflexão sobre o seu mandato e os desafios globais que o mundo e Moçambique enfrentam.
Prestes a deixar o cargo, Nyusi abordou temas como a paz, mudanças climáticas, o terrorismo e a necessidade de reformas globais.
Nyusi destacou que Moçambique tem enfrentado desafios climáticos severos, como ciclones e inundações. Ele exemplificou o ciclone Kenneth, que causou estragos em várias regiões do país.
Para lidar com esses desastres naturais, o governo implementou sistemas de alerta precoce e preparou a população para responder melhor a essas crises.
O presidente enfatizou a importância da resiliência, afirmando que os esforços para mitigar os impactos das mudanças climáticas têm mostrado resultados, com uma redução significativa nos danos causados pelos eventos climáticos mais recentes.
O presidente também mencionou o papel da paz e da reconciliação em Moçambique, relembrando o processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR).
Nyusi destacou a importância do diálogo para alcançar a paz duradoura, mencionando que, durante o seu mandato, promoveu negociações diretas com a oposição para acabar com os conflitos no país.
Além disso, ele abordou a criação de uma pensão para os ex-guerrilheiros como parte de uma solução para sustentar o processo de paz.
Nyusi ainda apontou que, apesar dos avanços na exploração de hidrocarbonetos, o terrorismo em algumas regiões tem atrasado o progresso.
No entanto, o país já está na lista dos produtores de gás, o que ele vê como uma conquista importante para o futuro econômico de Moçambique.
Em suas palavras finais, Nyusi sublinhou a importância da solidariedade global, defendendo reformas no sistema das Nações Unidas e em instituições financeiras internacionais.
Ele acredita que o mundo deve trabalhar coletivamente para resolver questões como pobreza, terrorismo e mudanças climáticas, que não conhecem fronteiras.
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