Governo Acumula Dívida de 3,3 Mil Milhões em Horas Extras, Diz Advogado

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Governo Moçambicano Acumula Dívida de 3,3 Mil Milhões em Horas Extras de Professores, Diz Advogado

Governo Moçambicano Acumula Dívida de 3,3 Mil Milhões em Horas Extras de Professores, Diz Advogado

O governo moçambicano acumula uma dívida de 3,3 mil milhões de meticais referentes ao pagamento de horas extras aos professores, revelou recentemente o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane. 

A questão gerou fortes reações, incluindo a do advogado e Conselheiro de Justiça e Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique, Vítor da Fonseca. 

Ele criticou duramente a postura do governo, destacando que a falta de pagamento coloca-se em clara contradição com a Constituição da República, particularmente no que tange ao direito à remuneração justa e tempestiva.

Segundo da Fonseca, o artigo 85 da Constituição moçambicana é claro ao garantir a todo trabalhador o direito à justa retribuição. 

Ele salienta que a dívida com os professores, ao não ser paga, representa uma violação grave desses direitos, incompatível com o que se espera de um Estado de direito democrático. 

“É inadmissível que, num Estado que se afirma democrático, os professores não recebam o que lhes é devido, especialmente quando se observa o governo a adquirir uma frota de viaturas de luxo para diretores distritais da educação”, criticou.

Para o advogado, a ação do governo revela não apenas desorganização, mas também falta de vontade política em resolver o problema. 

Ele mencionou que, se apenas uma ou duas das viaturas recentemente adquiridas fossem evitadas, seria possível resolver a questão das horas extras de muitos professores. 

Além disso, da Fonseca apontou que as recentes greves dos professores, que coincidiram com o período de campanha eleitoral, foram mal administradas pela classe, sugerindo que os profissionais deveriam ter mantido a sua posição de forma mais firme.

O conselheiro de justiça ainda destacou a importância dos professores entenderem que estão a serviço do Estado, e não de um partido político. 

Ele exorta a classe a não compactuar com injustiças e irregularidades que possam surgir, preservando assim sua integridade profissional. 

Finalizando, Vítor da Fonseca defende que as questões salariais dos professores e as demandas de outras classes profissionais sejam resolvidas ainda durante o atual ciclo de governação, evitando que as dívidas sejam transferidas para os próximos anos.

O advogado destacou a importância de garantir que os trabalhadores, em especial os da área da educação, sejam devidamente valorizados e respeitados como pilares do desenvolvimento do país. Clique Aqui para ver mais...

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