Cansado de acusações", diz Bernardino Rafael após confronto com armas em Matola
O Comandante-Geral da
Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, expressou seu
descontentamento em uma conferência de imprensa realizada na última semana.
Durante o evento, ele
abordou as constantes acusações que têm recebido sobre suposta “venda” da
cidade de Matola. De acordo com Rafael, as alegações são infundadas, e decidiu
enfrentar a situação reunindo-se com um grupo de cidadãos para esclarecer os fatos.
Entre os presentes na
reunião estava o empresário Musanga, apontado como uma das pessoas que mais tem
propagado as acusações.
Durante o encontro, ao
ser questionado sobre como seria possível vender uma cidade, Musanga teria
sacado uma pistola e apontado para os seguranças de Rafael. A situação
rapidamente escalou, com os guardas do comandante desarmando Musanga.
Como as normas da
polícia não permitem que cidadãos comuns andem armados sem autorização, a arma
foi apreendida e Musanga levado para a delegacia.
Bernardino Rafael
explicou que, apesar de possuir o direito de portar armas devido à sua posição,
ele nunca usaria sua imunidade para ameaçar ninguém.
Ele destacou que o
incidente foi grave e que agora cabe às autoridades investigar a legalidade das
armas de Musanga e de seu empregado, que também estaria armado.
"Matola não é
minha propriedade, e nunca soube como se vende uma cidade. Esse tipo de
acusação deve ser esclarecido", afirmou Rafael.
Ele ainda frisou que
Musanga, que é seu primo, deverá provar suas alegações e enfrentar as
consequências legais.
O incidente, que rapidamente ganhou repercussão, levanta questões sobre a segurança pública e o porte de armas no país, enquanto a polícia continua a investigação.
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