Moçambique celebra 60 anos do início da insurreição armada rumo à independência nacional

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Moçambique celebra 60 anos do início da insurreição armada rumo à independência nacional

Moçambique celebra 60 anos do início da insurreição armada rumo à independência nacional

Neste 25 de Setembro, Moçambique comemora os 60 anos desde o início da insurreição armada que culminou com a sua independência em 25 de Junho de 1975.

Foi nesse mesmo dia, em 1964, que a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) lançou o primeiro ataque contra as forças coloniais portuguesas, abrindo caminho para uma luta que libertaria o país.

O líder deste marco histórico foi Alberto Chipande, que disparou o primeiro tiro da revolta, no ataque a Chai, na província de Cabo Delgado.

Este ato, seguindo o comando do Comité Central da FRELIMO, marcou o início formal da guerra às 0h do dia 25 de Setembro de 1964.

Desde então, o dia é celebrado como o Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), que hoje também celebram seu 60º aniversário.

A insurreição liderada pela FRELIMO expandiu-se, especialmente nas províncias de Cabo Delgado e Niassa, onde foram estabelecidas as primeiras zonas libertadas.

Nessas áreas, foram fundadas escolas e centros de saúde, um claro sinal de desenvolvimento económico e social em benefício da população, mesmo em meio ao conflito.

Demonstrando poder militar pós-independência

Com a proclamação da independência, Moçambique demonstrou sua força militar em diversas ocasiões.

O primeiro grande desfile militar ocorreu em 25 de Junho de 1975, no próprio dia da independência, na então Avenida do Brasil, em Maputo, onde ex-guerrilheiros exibiram o equipamento militar que derrotou as tropas coloniais.

Outro momento significativo foi em 25 de Setembro de 1984, quando as Forças Armadas de Moçambique (FAM/FPLM) demonstraram seu arsenal na Avenida 25 de Setembro, em Maputo, enviando um forte recado ao regime do Apartheid, que ameaçava a soberania do país.

Em 2004, o desfile comemorativo dos 40 anos das FADM foi realizado no Estádio da Machava, na Matola, destacando a união dos ramos do Exército, Marinha e Força Aérea.

Este foi o primeiro grande evento do novo exército, estabelecido após o Acordo Geral de Paz de 1992 entre o governo e a RENAMO, reafirmando o compromisso com a defesa da soberania nacional.

Todos os anos, esta data é celebrada em Moçambique, mantendo viva a memória da luta pela integridade territorial do país e homenageando aqueles que sacrificaram suas vidas pela independência.

Em 2024, as comemorações incluem eventos políticos e sociais, com destaque para uma exposição histórica na antiga FACIM, na cidade de Maputo.

Acordos de Lusaka e a superioridade militar da FRELIMO

Entre 1972 e 1974, a FRELIMO intensificou suas operações contra as forças coloniais, adoptando tácticas que minaram a confiança dos civis nos militares portugueses.

O colapso do regime colonial foi acelerado pelos ataques guerrilheiros e pela crescente insatisfação entre os colonos, culminando com a Revolução dos Cravos em Portugal, em 25 de Abril de 1974, que pôs fim ao regime de Marcelo Caetano.

As negociações entre Portugal e a FRELIMO resultaram nos Acordos de Lusaka, assinados em 7 de Setembro de 1974, que garantiram a transferência da soberania para Moçambique.

A independência foi oficialmente proclamada em 25 de Junho de 1975, encerrando um período de luta que começou exactamente 13 anos antes, com a fundação da FRELIMO. Veja mais noticias AQUI

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