Venâncio Mondlane Denuncia Fraudes e Ameaças nas Eleições: “Não Toleraremos Manipulações”
O político moçambicano
Venâncio Mondlane, conhecido por sua postura combativa contra o governo, fez
duras acusações contra a Frelimo e o candidato Daniel Chapo, denunciando práticas de
fraude eleitoral e intimidação de eleitores.
Em um discurso
inflamado, Mondlane deixou claro que não haverá complacência com quaisquer
tentativas de manipulação durante as eleições de 9 de Outubro, convocando o
povo a resistir e denunciar irregularidades.
Mondlane acusou a
Frelimo, o partido no poder em Moçambique, de perpetuar um ciclo de violência e
medo para garantir sua permanência no poder. Segundo ele, as tácticas incluem
ameaças e até assassinatos de cidadãos que ousam desafiar o regime.
“Não vamos permitir que
a fraude e o medo determinem o futuro de Moçambique. A Frelimo deve saber que
estamos vigilantes e que qualquer tentativa de manipulação será duramente
enfrentada”, declarou Mondlane em tom severo.
O político também fez um
apelo directo à população, encorajando os cidadãos a não se deixarem intimidar
pelas ameaças. “É fundamental que todos denunciem qualquer tentativa de fraude
e registrem as intimidações que sofrerem.
Não podemos permitir que
o futuro de toda uma nação seja comprometido pelas acções de uma minoria
corrupta”, enfatizou.
Durante o discurso,
Mondlane também destacou os planos do novo governo sob a liderança de Anas
Simonyan, que prometeu ser inclusivo e colaborativo, englobando representantes
de diversos partidos e correntes políticas, como MDM, Renamo e PODEMOS.
Ele reiterou que o
futuro governo será um reflexo da diversidade de Moçambique, comprometendo-se a
trabalhar com todos, independentemente de filiações políticas passadas.
Mondlane criticou
severamente a administração actual por negligenciar as necessidades das
comunidades fronteiriças, questionando se áreas como Ressano Garcia dispõem de
serviços básicos como água, energia e infra-estrutura.
Ele apontou a
discrepância entre as receitas geradas nas fronteiras e as condições de vida
locais, exigindo que esses recursos sejam reinvestidos nas comunidades em vez
de serem desviados para Maputo ou outras regiões.
“Queremos que as
receitas geradas nos pontos fronteiriços sejam aplicadas nas áreas de origem,
para melhorar as condições de vida das populações locais”, frisou.
O discurso também
incluiu críticas à gestão dos recursos naturais de Moçambique, como petróleo,
gás e diamantes, destacando a urgência de garantir que essas riquezas
beneficiem directamente o povo, e não apenas uma elite privilegiada.
Mondlane chamou a
atenção para a necessidade de uma administração transparente e responsável
desses recursos, afirmando que o desvio e a má gestão são inaceitáveis.
Ao encerrar, Mondlane
exortou os cidadãos a se engajarem activamente no processo eleitoral, votando
com consciência e exigindo prestação de contas dos futuros governantes.
Ele enfatizou a
importância de usar o voto como uma ferramenta para a mudança e deixou claro
que o povo moçambicano não deve aceitar práticas de fraude e corrupção.
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“A partir de 9 de Outubro, teremos duas urnas: uma para os partidos e outra para o presidente. Cabe a nós fazer a escolha certa e construir um Moçambique justo e próspero”, concluiu Mondlane. Clique Aqui para ver mais…